O Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), que convocou a greve anunciou que os motoristas vão deixar de cumprir os serviços mínimos decretados pelo Governo. Anúncio surge após vários camiões com combustível não previstos terem entrado ao serviço durante esta manhã.

«Vamos deixar de cumprir os serviços mínimos», afirmou em declarações aos jornalistas o vice-presidente do SNMMP.

Pardal Henriques acusa ainda o Governo e as empresas de estarem a subordinar trabalhadores e de não estarem a cumprir o respeito no direito à greve. «Os trabalhadores estão a ser subornados. Há polícia e Exército a escoltar os camiões. Não foi o sindicato que quebrou os serviços mínimos, mas sim as empresas e o Governo que violaram o direito à greve», disse.

Como «medidas excecionais» para minimizar os efeitos da greve e garantir o abastecimento de serviços essenciais o Governo decretou serviços mínimos entre 50% e 100%, racionou o abastecimento de combustíveis e declarou crise energética até as 23h59 do próximo dia 21 de agosto.

GNR escoltou primeiros camiões a iniciarem funções

A GNR fez, hoje de manhã, escolta dos primeiros motoristas de matérias perigosas que saíram de Aveiras de Cima, onde está concentrado um piquete de greve, tendo conseguido que «tudo funcionasse normalmente», disse fonte daquela instituição. De acordo com a mesma fonte, os primeiros cinco camiões-cisterna com matérias perigosas partiram da sede da CLC – Companhia Logística de Combustíveis, em Aveiras de Cima, concelho da Azambuja, distrito de Lisboa, para abastecer o aeroporto.

«A GNR escoltou os motoristas e funcionou tudo normalmente. Correu tudo em ordem», garantiu.

Mais de uma centena de motoristas estão concentrados em piquete desde a noite de domingo, tendo a greve começado à meia-noite.

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