Greve da função pública fecha várias escolas no país

Várias escolas estão hoje de manhã fechadas ou com perturbações na sequência da greve dos trabalhadores da função pública para exigir aumentos salariais e valorização das carreiras.

Greve da função pública fecha várias escolas no país

Várias escolas em todo o país estão hoje de manhã fechadas ou com perturbações na sequência da greve dos trabalhadores da função pública para exigir aumentos salariais e valorização das carreiras, disse à Lusa fonte sindical.

Em declarações à Lusa cerca das 09:00, o coordenador da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, Sebastião Santana, adiantou que há várias escolas fechadas em Lisboa, no Porto, em Oeiras, no Cacém e em Vila Franca de Xira.

“Há também perturbações em algumas escolas e na Universidade de Coimbra. Ainda estamos a recolher dados, mas tudo indica que a adesão à greve será elevada”, indicou.

No que diz respeito à recolha do lixo, Sebastião Santana disse que a adesão é superior a 80% no turno da noite e no da manhã.

“A adesão é superior a 80% nos dois turnos. Em alguns concelhos a paralisação é total”, referiu.

Anteriormente, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, Empresas Públicas, Concessionárias e Afins (STAL) tinha dito que a adesão à greve paralisou a recolha noturna do lixo em pelo menos nove concelhos.

O STAL indicou em comunicado que “nos primeiros serviços de recolha noturna a entrar em funcionamento — Loures, Odivelas, Amadora, Moita, Évora, Seixal, Palmela, Almada e Setúbal — registou-se uma adesão de 100%, não tendo sido efetuada a recolha de lixo nestes concelhos”.

Já “Lisboa e Sintra, por seu lado, registaram uma adesão muito significativa, tendo a recolha sido fortemente afetada”, garantiu o sindicato na mesma nota.

Os funcionários públicos estão em luta hoje, com uma greve e uma concentração junto ao Palácio da Ajuda, em Lisboa, onde se reúne o Conselho de Ministros, pela valorização dos salários e das carreiras.

O Dia Nacional de Luta convocado pela Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, é o primeiro protesto no setor desde o início da pandemia da covid-19.

O dia nacional de luta realiza-se em defesa de aumentos salariais de 90 euros para todos os trabalhadores, da valorização das carreiras, da revisão da Tabela Remuneratória Única, pela revogação do SIADAP e em defesa de melhores serviços públicos.

O pré-aviso de greve não abrange o setor da saúde devido ao contexto pandémico.

A concentração junto ao Palácio da Ajuda, que não será precedida de desfile, deve juntar cerca de mil trabalhadores de todo o país, cumprindo as necessárias regras de distanciamento social, segundo a Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública.

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