Com apenas 16 anos, Greta Thunberg é premiada pela Amnistia Internacional

A jovem ativista pelo ambiente Greta Thunberg e o movimento que criou de greves pelo clima foram designados «Embaixadores de Consciência» da Amnistia Internacional em 2019.

Com apenas 16 anos, Greta Thunberg é premiada pela Amnistia Internacional

A jovem ativista pelo ambiente Greta Thunberg e o movimento que criou de greves pelo clima foram designados «Embaixadores de Consciência» da Amnistia Internacional (AI) em 2019, anunciou esta sexta-feira, 7 de junho, a instituição.

«Todos os jovens que participam nas ‘Fridays for Future’ personificam o que significa agir em consciência. Lembram-nos que somos mais poderosos do que sabemos e que todos nós temos um papel a desempenhar na proteção dos direitos humanos contra a catástrofe climática», disse o secretário-geral da AI, Kumi Naidoo, citado num comunicado da organização de direitos humanos.

O galardão já foi no passado entregue a pessoas como o antigo Presidente da África do Sul Nelson Mandela, a ativista paquistanesa Malala Yousafzai, o artista chinês Ai Weiwei, a cantora beninense Angélique Kidjo, o movimento dos direitos indígenas no Canadá, a cantora e atriz norte-americana Alicia Keys ou o desportista norte-americano Colin Kaepernick, entre outros.

Nas palavras de Kumi Naidoo, é uma honra para a Amnistia, através do prémio «Embaixador da Consciência», celebrar pessoas que demonstram liderança e coragem na defesa dos direitos humanos. «Não consigo pensar em nenhum destinatário melhor este ano do que Greta Thunberg e o movimento da greve climática», disse.

O prémio foi instituído em 2002 para celebrar pessoas ou movimentos que promoveram a causa dos direitos humanos, enfrentando as injustiças e usando os seus talentos para inspirar outros.

Greta Thunberg decidiu faltar às aulas todas as sextas-feiras para protestar junto do parlamento sueco

Greta Thunberg é uma adolescente sueca que em agosto de 2018 decidiu começar a faltar às aulas todas as sextas-feiras para protestar junto do parlamento sueco, exigindo medidas sérias no combate às alterações climáticas.

Os seus esforços para aumentar a consciencialização para a crise climática tornaram-se globais e no dia 24 de maio, uma sexta-feira, mais de um milhão de jovens de mais de 100 países faltou às aulas para exigir medidas dos governos no combate às alterações climáticas.

«É uma honra» receber o prémio, disse Greta Thunberg, acrescentando: «Este não é o meu prémio, é um prémio de todos. É incrível ver o reconhecimento que estamos a ter e saber que estamos a lutar por algo que tem um impacto».

A jovem ativista, que foi indicada para o Prémio Nobel da Paz por três deputados noruegueses, salientou que a injustiça contra a qual todos devem lutar é a de que os países do hemisfério sul são os que serão mais afetados pelas alterações climáticas, mas foram os menos responsáveis por elas.

A AI nota no comunicado que as consequências dos impactos das alterações climáticas são também uma questão urgente de direitos humanos, e diz que essas alterações agravam a ampliam desigualdades.

A AI já disse que o fracasso dos governos em agir contra as alterações climáticas pode bem ser a maior violação intergeracional de direitos humanos da história. A organização exorta os Estados a intensificar substancialmente a ação climática e a fazê-lo de forma consistente com os direitos humanos.

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