Governo quer consulta com médico de família em tempo útil para todos até 2025

O programa do Governo prevê assegurar aos utentes, até ao final de 2025, consulta de medicina geral e familiar em tempo útil e atribuir um médico de família a todos os portugueses, começando pelos mais frágeis.

Governo quer consulta com médico de família em tempo útil para todos até 2025

Estas medidas fazem parte de Plano de Emergência do SNS que o executivo pretende apresentar em 60 dias, segundo o Programa do XXIV Governo Constitucional hoje divulgado.

Este plano visa garantir uma resposta urgente na área da saúde materno-infantil, nos cuidados de saúde primários e hospitalares.

No programa do Governo, o executivo defende que “é preciso um SNS forte para o século XXI e ao serviço de todos”, elucidando que “os tempos clinicamente recomendados para consultas e cirurgias são frequentemente ultrapassados em vários hospitais do SNS” e que, no final de 2023, 1,7 milhões de portugueses não tinham médico de família e enfermeiro de família.

Para combater “a desigualdade de acesso à saúde”, o Governo pretende garantir o acesso a uma consulta de especialidade na rede de unidades de saúde convencionadas para este efeito, sempre que seja ultrapassado o Tempo Máximo de Resposta Garantido no SNS.

“Aproveitar a experiência de médicos de família aposentados que pretendam continuar a trabalhar no SNS e criar condições para que tal possa acontecer” e criar a consulta de doença aguda nos cuidados de saúde primários são outras medidas previstas.

Ao nível das urgências, o Governo quer um Plano de Motivação dos Profissionais de Saúde que trabalham nestes serviços, assim como redefinir a rede de urgência e referenciação hospitalares.

Outras medidas previstas são o reforço do investimento nos centros públicos de Procriação Medicamente Assistida (PMA) em recursos humanos, equipamentos e espaços físicos.

Para motivar os profissionais de saúde, o Governo pretende criar um plano específico de forma a “valorizar autonomamente todos os recursos humanos envolvidos na prestação dos cuidados de saúde às pessoas, em especial no SNS”.

“Este plano versará sobre as diferentes carreiras dos profissionais de saúde e não deixará de contemplar a sua progressão e formação ao longo da vida”, refere o documento, que anuncia igualmente a valorização das equipas de saúde pública reforçando as suas condições de trabalho e desenvolvimento.

O Governo pretende também assegurar a abertura de novas unidades de cuidados paliativos e de cuidados continuados de segunda geração para uniformizar a cobertura nacional, recorrendo a novos modelos de parcerias público sociais.

Quer ainda desenvolver redes de cuidados continuados, paliativos e de centros ambulatórios de proximidade e introduzir progressivamente e com apoios, a exigência de equipas médicas e multidisciplinares nas unidades de cuidados continuados, em articulação estreita com as unidades públicas de saúde, através de contratos-programa plurianuais entre o SNS e as Misericórdias, IPSS e demais setor social.

O Programa do Governo da Aliança Democrática (AD) foi hoje aprovado, em Conselho de Ministros, na véspera de dois dias de debate no parlamento, na quinta-feira e sexta-feira.

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, afirmou que o documento tem como base o programa eleitoral da AD, mas incorpora “mais de 60 medidas de programas eleitorais de outros partidos com representação parlamentar”.

HN/SO/JML // ZO

By Impala News / Lusa

Impala Instagram


RELACIONADOS