Espanha abre guerra a influencers e manda retirar vídeos

Por carecer de receita médica, a sua divulgação promocional está proibida por lei. Espanha já está em conversações com a Google e vai também pedir às redes sociais que retirem os vídeos em que as influencers promovem o medicamento Eridosis como se fosse um produto de limpeza de pele.

Espanha abre guerra a influencers e manda retirar vídeos

Em causa esta o aumento das vendas de um produto farmacêutico para o acne, apenas vendido com receita médica. O medicamento foi amplamente recomendado por influencers em vídeo promocionais. Por carecer de receita médica, a sua divulgação promocional está proibida por lei. Espanha já está em conversações com a Google e vai também pedir às redes sociais que retirem os vídeos em que as influencers promovem o medicamento Eridosis como se fosse um produto de limpeza de pele.

O farmacêutico Guillermo Martín Melgar já há algum tempo que acompanhava este fenómeno de influencers a promoverem este tipo de produtos como se de um perfume ou maquilhagem se tratasse e desde setembro passado que , através de uma conta do Twitter, denuncia os vários produtos que foi encontrando nas redes sociais.

Na sua lista constam o Mupirocina, pomada usada para tratar infeções, ao Aciclovir, um antiviral usado contra o herpes ou o Dercutane, também usado contra o acne. Todos estes produtos são sujeitos a receita médica e, como tal, por lei, não podem ter publicidade.

Posto isto, o Ministério da Saúde decidiu atuar e já está em conversações com a Google. No entanto, ao El País, a empresa explicou que apenas poderá atuar quando receber links específicos. Depois, vai analisá-los  determinar em que situações são violadas as regras de utilização e as do próprio país, um a um.

No entanto, a maior plataforma com este tipo de vídeos é o Instagram, nomeadamente nos Instastories. Neste formato, os vídeos desaparecem cerca de 24h depois, pelo que o desafio para as autoridades é maior.

Ana López-Casero, do Conselho Geral dos Colégios de Farmacêuticos de Espanha, explica que o principal risco está relacionado com o desconhecimento da população sobre este tipo de medicamentos. Ao El País, nenhuma das influencers envolvidas no caso quis falar.

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