Covid-19: Saiba quem são os mais ansiosos e tristes durante a pandemia

Um quarto dos inquiridos num estudo sobre como se sentem em tempos de pandemia diz estar ansioso, em baixo, ou triste “todos os dias” ou “quase todos os dias”, sendo a maioria mulheres e pessoas em teletrabalho.

Covid-19: Saiba quem são os mais ansiosos e tristes durante a pandemia

O questionário “Opinião Social” do Barómetro Covid-19, da Escola Nacional de Saúde Pública, mostra ainda que 55% dos inquiridos admitem sentir-se assim “alguns dias”. Quase um terço reportou distúrbios de sono, um quarto diz sentir que não consegue fazer tudo o que precisava fazer e 23% confessa estar sempre a pensar na covid-19.

Dos participantes no estudo que reportam sentir-se ansiosos “todos os dias”, 35% são trabalhadores em teletrabalho, 23% suspenderam a sua atividade profissional e apenas 9% está no local de trabalho.

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Os investigadores apontam como possível explicação para estas diferenças o facto de as pessoas em teletrabalho poderem estar a experienciar dificuldades em gerir a sua atividade profissional em simultâneo com a vida pessoal e familiar.

Por outro lado, as pessoas que suspenderam a atividade estarão preocupadas com a possível perda de rendimento, refere a coordenadora científica do estudo, Sónia Dias.

“Apresentam menores níveis de confiança na capacidade de resposta dos serviços de saúde”

“As pessoas que se têm sentido mais ansiosas ou tristes apresentam menores níveis de confiança na capacidade de resposta dos serviços de saúde e também se sentem em maior risco de contrair covid-19”, refere o estudo, que decorreu entre 21 de março e 10 de abril e recolheu 160.157 respostas.

Os idosos são quem se sente agitado, ansioso ou triste com menor frequência, quando comparados com a população entre os 26 e os 65 anos, diz Sónia Dias.

“Em suma, 82% dos respondentes sente pelo menos um dos possíveis efeitos negativos na sua saúde mental, desencadeado pelo período que vivemos”, refere o barómetro, um projeto de investigação que pretende “responder, em tempo útil, aos desafios impostos pela pandemia global”.

Inquiridos que pertencem a grupos profissionais em maior risco

Os dados revelam que os inquiridos que pertencem a grupos profissionais em maior risco, como profissionais de saúde, forças de segurança, meios de socorro, operadores de supermercado, não diferem dos restantes” relativamente à frequência com que se sentem agitados, ansiosos, em baixo ou tristes, o que surpreendeu os investigadores.

“Será que, embora estas pessoas estejam expostas a contextos mais adversos, o facto de se sentirem ativas e produtivas pode contribuir para uma maior resiliência à ansiedade e tristeza”, questiona Sónia Dias.

O facto de as pessoas não terem apoio para adquirir bens essenciais também parece influenciar a forma como se sentem: cerca de um terço das pessoas nesta situação diz sentir-se ansioso ou em baixo “todos os dias” ou “quase todos os dias”.

Investigadores também alertam para o possível aumento do consumo de comida calórica, tabaco e álcool

“Uma percentagem de participantes, que nos chama a atenção, revela que aumentaram os comportamentos prejudiciais à sua saúde, dado que 16% admite comer mais doces, gorduras ou comidas mais calóricas e 8% reconhece estar a fumar mais ou a beber mais álcool”, refere Sónia Dias.

Quem adota estes comportamentos reporta sentir-se ansioso com mais frequência. São as mulheres que dizem consumir mais alimentos hipercalóricos, enquanto os homens aproveitam mais o tempo para fazerem coisas de que gostam.

Para lidar melhor com a situação atual, 80% refere o contacto com os familiares e amigos, mesmo que à distância, mais de metade procura manter rotinas e aproveita o tempo para fazer coisas de que gosta. Cerca de 45% diz limitar a quantidade de informação que vê sobre a doença.

“Os nossos resultados mostram que é essencial que se divulguem, de forma clara e simples, estratégias de promoção de comportamentos saudáveis, do bem-estar e da qualidade de vida, nomeadamente na área da alimentação saudável e promoção da atividade física”, defende a investigadora.

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