Covid-19: Forças Armadas com pouca capacidade para doentes graves

Ministro da Defesa Nacional admitiu esta terça-feira que as instalações das Forças Armadas têm atualmente uma “elasticidade pequena” para acolher doentes graves de covid-19, mas ainda existem muitas camas disponíveis em espaços de retaguarda para casos ligeiros.

Covid-19: Forças Armadas com pouca capacidade para doentes graves

O ministro da Defesa Nacional, João Cravinho Gomes, admitiu esta terça-feira que as instalações das Forças Armadas têm atualmente uma “elasticidade pequena” para acolher doentes graves de covid-19, mas ainda existem muitas camas disponíveis em espaços de retaguarda para casos ligeiros.

“Em termos de capacidade de camas para cuidados médicos, portanto de internamento de enfermaria geral, estamos no limite. Temos, contudo, muito maior capacidade para estabelecimentos de retaguarda para receber pessoas que, por exemplo, não tenham condições de isolamento em casa, estejam doentes, mas que não precisem de cuidados particularmente intensos”, declarou o ministro.

Questionado sobre a capacidade de camas para internamento de casos mais graves de covid-19, o ministro respondeu que ainda existe “alguma capacidade de expansão, mas é uma elasticidade pequena”.

Gomes Cravinho lembrou que as estruturas das Forças Armadas podem disponibilizar “até cerca de duas mil camas” no seu todo, capacidade que não está totalmente ocupada “porque não tem sido preciso”. “Mas se vier a ser preciso temos toda essa disponibilidade”, disse.

O responsável pela Defesa inaugurou na segunda-feira dois espaços interiores no polo de Lisboa do Hospital das Forças Armadas, que constituíram um aumento de 32 camas para doentes covid-19 provenientes do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

O Hospital das Forças Armadas de Lisboa conta, ao todo, com 67 camas para doentes covid-19 – 62 de enfermaria e cinco para cuidados intensivos – já a contar com este último reforço. Já o polo do HFAR Porto dispõe de 50 camas de enfermaria.

Questionado sobre uma possível reativação de hospitais de campanha, o ministro explicou que as Forças Armadas utilizaram “os recursos todos do dispositivo sanitário do Exército do hospital de campanha dentro do estabelecimento do Hospital das Forças Armadas” em Lisboa, inaugurado na segunda-feira, “por causa do clima”.

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