Confirmada primeira morte provocada pela Monkeypox no Brasil

As autoridades brasileiras confirmaram hoje a primeira morte provocada pela Monkeypox no país, onde já foram identificados pouco mais de mil casos de infeção.

Confirmada primeira morte provocada pela Monkeypox no Brasil

As autoridades brasileiras confirmaram hoje a primeira morte provocada pela Monkeypox no país, onde já foram identificados pouco mais de mil casos de infeção. Segundo o Ministério da Saúde brasileiro, a vítima era um homem que tinha imunidade baixa e morava na cidade de Uberlândia, no estado de Minas Gerais, onde, segundo dados oficiais, foram registados 44 dos 1.066 casos da doença confirmados até o momento no país.

A região mais afetada pelo que as autoridades locais começaram a tratar como um “surto epidémico” é o estado de São Paulo, o mais populoso do país, com quase 42 milhões de habitantes, e onde 823 casos de Monkeypox foram notificados. A confirmação da primeira morte ocorreu um dia após o Ministério da Saúde brasileiro anunciar a criação de uma comissão de emergência para lidar com a evolução da doença. O Governo brasileiro também informou que iniciou negociações com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) para aquisição de vacinas contra a doença.

O Brasil é atualmente o segundo país das Américas com mais infeções por varíola, atrás apenas dos Estados Unidos, que estão perto de 3 mil casos, segundo os últimos números divulgados pela OMS. O primeiro caso no Brasil foi registado em 8 de junho, num homem de 41 anos que chegou a São Paulo após uma viagem a Espanha, país mais afetado pelo surto no mundo.

Mais de 18.000 casos de Monkeypox foram detetados em todo o mundo desde o início de maio passado, fora das áreas endémicas de África. A doença foi relatada em 78 países até agora e 70% dos casos estão concentrados na Europa e 25% nas Américas, disse o responsável da OMS. Cinco pessoas morreram da doença (todas em África) e cerca de 10% dos casos exigem internamento hospitalar para tentar aliviar a dor dos pacientes.

A vacina contra a varíola, assim como antivirais e a imunoglobulina ‘vaccinia’ (VIG), podem ser usados como prevenção e tratamento para a Monkeypox, uma doença rara. A doença, que tem o nome do vírus, foi identificada pela primeira vez em humanos em 1970 na República Democrática do Congo, depois de o vírus ter sido detetado em 1958 no seguimento de dois surtos de uma doença semelhante à varíola que ocorreram em colónias de macacos mantidos em cativeiro para investigação – daí o nome “Monkeypox” (“monkey” significa macaco e “pox” varíola).

 

 

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