BE pergunta aos deputados PS se há orgulho na herança perante “caos no SNS”

A coordenadora do BE perguntou hoje aos deputados socialistas se há “alguma herança de que se possam orgulhar” perante o “caos na saúde”, tendo o Governo assegurado que o SNS “está ao serviço dos portugueses” e com mais atividade.

BE pergunta aos deputados PS se há orgulho na herança perante

Na abertura da interpelação ao Governo agendada pelo BE para hoje, Mariana Mortágua começou com uma crítica à ausência do ministro da Saúde, Manuel Pizarro, tendo a secretária de Estado da Igualdade e Migrações, Isabel Almeida Rodrigues, explicado que o governante estava no Conselho de Ministros que hoje decorreu no Porto e que acontece sempre às quintas-feiras.

“De norte a sul do país, o Governo puxa as pontas da saúde, mas não consegue esconder que a manta é curta demais, e continua a encolher”, criticou a deputada do BE, considerando que são os utentes do SNS quem mais sofre “porque o PS desistiu de um Serviço Nacional de Saúde (SNS) geral, universal, gratuito”.

A líder do BE dirigiu-se diretamente aos deputados do PS e perguntou: “há neste caos alguma herança de que se possam orgulhar?”.

“A maioria absoluta do PS abandonou o SNS à porta das urgências. É tempo de o salvar”, considerou.

A polémica em torno do caso das gémeas luso-brasileiras tratadas no Hospital Santa Maria não ficou de fora da intervenção de Mariana Mortágua, criticando que, à situação difícil que se vive na saúde, se some “a desconfiança sobre um regime de exceções no acesso”.

“A investigação determinará se a lei foi ou não cumprida e, neste momento, duas certezas importam. Se houve favorecimento, haverá responsabilização de quem o determinou e se o SNS é garantia de que a mesma qualidade, competência e investimento são igualmente acessíveis a todas as pessoas, pobres ou ricas, influentes ou não”, disse.

Em representação da tutela, o secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, garantiu hoje que o SNS “hoje faz mais atividade e está ao serviço dos portugueses”, afirmando que já foi feito “um acordo para a atualização das grelhas salariais” dos médicos com um dos sindicatos representativos daqueles profissionais.

“Nós assumimos o compromisso de valorizar os profissionais de saúde. Está traduzido em três ideias muito simples: aumentar o número de profissionais do Serviço Nacional de Saúde, valorizar as remunerações e as carreiras dos profissionais do Serviço Nacional de Saúde e melhorar as condições de trabalho, porque, melhorando as condições de trabalho, conseguimos reter profissionais, conseguimos atrair mais profissionais”, salientou.

De acordo com Ricardo Mestre, o SNS “oferece hoje melhores condições salariais”, promovendo “melhores condições de carreira aos vários profissionais”.

“Este trabalho que tem sido feito ao longo dos anos permitiu várias medidas muito relevantes para o Serviço Nacional de Saúde”, realçou.

 

JF/JML // PC

By Impala News / Lusa

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