Artista Carlos Bunga inaugura exposição antológica no Museu Helga de Alvear em Espanha

O artista plástico português Carlos Bunga inaugura a 25 de janeiro uma exposição antológica intitulada “Performar a natureza”, que inclui trabalhos especialmente produzidos para o Museu de Arte Contemporânea Helga de Alvear, em Cáceres, Espanha.

Artista Carlos Bunga inaugura exposição antológica no Museu Helga de Alvear em Espanha

Esta primeira antológica do artista em Espanha começou por ser apresentada no Centro de Arte Bombas Gens, em Valência, com obras inéditas e também criadas especificamente para aquele museu, onde esteve patente de fevereiro a outubro de 2023.

Em Cáceres, a mostra inclui obras da Coleção de Arte Helga de Alvear, e apresenta trabalhos especialmente produzidos para a exposição, bem como uma peça monumental ‘site-specific’ também criada expressamente para este espaço museológico, segundo a galeria portuguesa Vera Cortês.

“Este novo momento oferece a oportunidade de aprofundar a complexa e poética obra do artista”, indica num texto sobre a mostra, que reflete sobre “as temporalidades da natureza, os seus abrigos e as suas qualidades vivas e orgânicas”, através de uma seleção de obras representativas do autor.

As peças percorrem o início da sua carreira até à atualidade, incluindo desenho, pintura, colagem, vídeo, performance e escultura, algumas das quais nunca antes expostas.

No dia da inauguração, pelas 19:00, haverá uma atuação de Carlos Bunga, e no dia seguinte uma visita com o artista e a curadora, Sandra Guimarães.

“Performar a natureza” ficará em Cáceres até 12 de maio.

Carlos Bunga, nascido no Porto, em 1976, e a viver atualmente em Barcelona, desenvolve uma obra de intervenções em lugares escolhidos previamente, que modifica através de materiais do quotidiano como papelão, tinta e fita adesiva.

O seu trabalho é reconhecido pelas instalações de grandes dimensões, elaboradas como estruturas arquitetónicas que muitas vezes destrói em performances, ou até mesmo antes da abertura da própria exposição.

A partir da pesquisa pictórica, Bunga desenvolveu uma linguagem pessoal que desconstrói a disciplina da pintura: “As suas pinturas expandidas deslizam por pisos e paredes, tensionando os limites da obra, repensando os seus suportes e superfícies, espalhando as obras para outros lugares físicos e conceptuais, e materializando-se em construções de instalação que se tornam espaços performativos”, aponta ainda o texto sobre a mostra, divulgado pela galeria Vera Cortês, que representa o artista em Portugal.

O trabalho de Bunga tem sido exposto em museus e centros de arte internacionais como o Museu de Serralves, no Porto (2012), o Museu Universitário de Arte Contemporânea, na Cidade do México (2013), o Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, em Lisboa (2019), a Whitechapel Gallery, em Londres (2020), e o Museu Nacional Rainha Sofia (2022), entre outros.

Carlos Bunga formou-se na Escola Superior de Artes e Design (ESAD), nas Caldas da Rainha, estudou também em Nova Iorque, e venceu o prémio EDP Novos Artistas em 2003.

AG // MAG

By Impala News / Lusa

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