William, Harry e Diana: o fim do silêncio, o início da cura

Os príncipes William e Harry falam abertamente sobre a princesa Diana e prestam declarações inéditas sobre a perda da mãe no âmbito do 20º aniversário da morte de Lady Di.

No 31 de agosto de 1997, o mundo parou para chorar a morte da “princesa do povo”. Mas longe das câmaras, das sirenes e das lágrimas da população, foi o mundo dos príncipes britânicos que parou.

William e Harry tinham apenas 15 e 12 anos, respectivamente, quando souberam que a mãe, de 36 anos, tinha perdido a vida num trágico acidente no túnel da Ponte de l’Alma, em Paris, França, quando estava a ser perseguida por vários paparazzi, juntamente com o namorado, Dodi Al-Fayed, herdeiro da cadeia de lojas Harrod’s.

Família e amigos confirmam que a princesa de Gales mantinha uma relação muito próxima e afetuosa com os filhos. As imagens captadas dos três sempre comprovaram isso.

Este ano, foram reveladas e leiloadas cartas redigidas entre 1984 e 1993 pela própria Diana sobre os filhos e a sua vida pessoal. As missivas eram dirigidas a Cryil Dickman, mordomo do Palácio de Buckingham. Nestas cartas, é possível compreender a forma como a aristocrata via William e Harry na altura:

“O William adora o irmão mais novo e passa o tempo todo a inundar o Harry com uma infinidade de abraços e beijos. Quase que não deixa os pais aproximarem-se”, descreve Diana. Noutro registo, a primeira mulher de Carlos de Inglaterra menciona o comportamento rebelde de Harry desde novo. “Está constantemente em apuros”.

No âmbito do ano em que se assinala o 20.º aniversário da morte de Lady Di, os príncipes decidiram quebrar o silêncio de anos e falar abertamente sobre a mãe, a relação que mantinham com a mesma e como lidaram com a sua morte. Estas foram declarações inéditas e aguardadas por milhões de pessoas, visto que Harry e William tinham dificuldades em falar sobre a mãe em privado e, principalmente, em público:

“Na altura, ainda era muito recente. O meu sofrimento era diferente da maioria das pessoas, porque o mundo todo acompanhava-a (…) Adorava ter ouvido os conselhos dela. Adorava que ela tivesse conhecido a Kate [Middleton, duquesa de Cambridge e mulher de William] e acompanhasse o crescimento das crianças. Fico triste por saber que os meus filhos não conheceram a avó”, confessou o duque de Cambridge, atualmente com 35 anos, à revista GQ britânica.

Apesar de ambos sofrerem profundamente com a morte da mãe, Harry, de 32 anos, talvez por ser mais novo, terá sido o mais afetado pela morte da mãe. Após 20 anos, o filho mais novo da princesa do povo revelou que esteve várias vezes à beira de esgotamentos devido à perda da mãe. Harry acredita que só começou a superar a morte de Diana há quatro anos, quando foi capaz de aceitar ajuda psicológica. Segundo Harry, William foi um grande apoio e força que o aconselhava insistentemente a procura ajuda psicológica.

“Posso dizer que perder a minha mãe com 12 anos e fechar-me em torno desse assunto durante os últimos 20 anos teve um efeito impactante na minha vida pessoal, mas também no meu trabalho. (…) Provavelmente estive perto de ter um esgotamento total em inúmeras ocasiões, quando todos os tipos de sofrimento e todas as mentiras e equívocos vinham contra mim”, confessou o filho mais novo da princesa Diana, numa entrevista ao jornal britânico The Telegraph.

Tendo em conta todo o trabalho humanitário desenvolvido pela princesa Diana, o príncipe Harry considera que esta ficaria muito orgulhosa com a forma como ele o irmão tem estado a lutar por uma melhor saúde mental no Reino Unido.

Um dos objetivos dos príncipes com as presentes revelações é darem o exemplo. Ao confessarem a dor e as dificuldades que sentiram devido à perda da mãe, Harry e William esperam incentivar outros a não sofrerem em silêncio.

Entre segredos e rumores: e se Harry não for filho de Carlos e Diana tiver uma terceira filha?

Em 1992, o caso extraconjugal entre a princesa Diana e o ex-oficial do exército britânico, James Hewitt, foi tornado público no polémico livro “Diana: a verdadeira história”, de Andrew Morton, escrito com a ajuda da própria Lady Di.

Segundo o best seller, Diana e Hewitt conheceram-se numa festa em Londres, em 1986, e estiveram envolvidos durante cinco anos. Rapidamente, surgiram rumores de que Harry não era filho do príncipe Carlos, marido de Diana e futuro rei de Inglaterra, mas sim de James Hewitt. Baseados nas semelhanças físicas entre o amante da princesa e o filho mais novo (tendo em conta que ambos são ruivos) os boatos foram provados errados visto que Harry nasceu dois anos antes do suposto “affair” ter começado. No entanto, esta teoria foi alimentada e falada pelo mundo inteiro durante mais de uma década.

Mas a suposta exposição de segredos da família real britânica não fica por questões de paternidade. Segundo o tablóide norte-americano Globe, o príncipe Carlos e a princesa Diana tiveram uma filha antes do casamento chamada Sara.

De acordo com a mesma fonte, Sara pediu um teste de ADN, num encontro secreto com o alegado pai, príncipe Carlos, após a morte da mãe, durante uma viagem do aristocrata aos Estados Unidos com Camilla Parker-Bowles. O possível futuro rei de Inglaterra terá ficado nervoso, chamado Sara de interesseira, mas terá ficado impressionado com as parecenças físicas e comportamentais entre a mulher e Diana.

Sara afirma ter-se mudado de Inglaterra para os Estados Unidos por ter sido ameaçada e recear pela sua vida.

“Eu sei que é o meu verdadeiro pai (príncipe Carlos) e Diana era a minha verdadeira mãe”, garantiu Sara.

 

 

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