Juan Carlos – Disparou acidentalmente sobre o irmão? A história trágica que aconteceu em Portugal

A Semana Santa de 1956 ficou marcada para sempre na mente de Juan Carlos que quis, inclusive, tornar-se monge após um incidente trágico.

A história de vida do rei emérito Juan Carlos nem sempre foi fácil e fica marcada por algumas polémicas e tragédias. Entre elas está uma história que é desconhecida por muitos e que está relacionada com o seu irmão Alfonso.

“De A a realeza” – uma rubrica do Notícias ao Minuto – trouxe de volta a semana santa de 1956. Na época Juan Carlos tinha 18 anos e iria viver um dia que não esquecera nunca mais: o dia em que acidentalmente disparou uma pistola e acertou no irmão mais novo.

Nascido em Roma, estudou num colégio interno na Suíça e só aos 10 anos rumou a Espanha para seguir os comandos de Franco. Juan Carlos tinha apenas 18 anos quando se dirigiu ao Estoril para se encontrar com os pais, Juan e María de las Mercedes, e o irmão mais novo, Alfonso. O atual rei emérito levava uma arma que um colega da Academia Militar lhe tinha dado, uma Long Automatic Star, calibre 22. Para passarem o tempo, brincava com o irmão a disparar a arma no jardim. Mas o pai já não via isso com bons olhos e mandou-os guardar a pistola. Mas a mãe, após insistência dos filhos, devolveu-lhes com o intuito de só verem e não dispararem.

Enquanto estão sozinhos, ouve-se um disparo que só foi ouvido pela filha mais velha dos quatro filhos dos condes de Barcelona, a infanta Pilar. É aqui que as teorias entram: de acordo com o escritor e jornalista Abel Hernández, citado pelo La Nación, a bala entrou pelo nariz do jovem Alfonso e atingiu-lhe o cérebro. Mas há outras ‘verdades’! O relatório oficial refere: “Enquanto Sua Alteza o Infante Alfonso limpava naquela noite um revólver com o irmão, foi disparado um tiro que o atingiu na testa e o matou em poucos minutos”. E ainda há outra versão: Era Juan Carlos quem segurava a arma quando ela disparou. A verdade é que ninguém sabe o que aconteceu.

O jornalista Hernández descreve ainda que Don Juan subiu as escadas de dois em dois, pegou no filho ao colo e desceu com ele, tendo-o embrulhado numa bandeira de Espanha enquanto aguardavam que chegasse o médico. O pai de Felipe VI terá chegado a dizer que queria tornar-se monge, mas o pai ter-lhe-á colocado a mão sobre o peito do irmão, obrigando-o a jurar que cumpriria os seus deveres e se tornaria rei.

Ascendeu ao trono em novembro de 1975 e reinou durante quase 40 anos, até abdicar a favor do filho, Felipe VI, em junho de 2014.

Texto: Maria Constança Castanheira; Fotos: Shutterstock

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