Manuel Luís Goucha Chora ao recordar o pai e assume que faltou ao funeral: “Não senti nada”

Manuel Luís Goucha ficou em lágrimas ao falar sobre o pai que já morreu e de quem tinha uma relação distante. “Isto afinal está por resolver… Não há solução…”, lamentou.

Manuel Luís Goucha nunca teve uma relação de grande proximidade com o pai biológico, sendo que os pais se divorciaram quando tinha três anos. Por sua vez, o apresentador da TVI sempre foi muito próximo da mãe, Maria de Lourdes, que completa 101 anos em julho. 

O comunicador da TVI deu uma entrevista à revista ‘TV Guia’ em que acabou por se emocionar ao recordar o pai e a relação distante que tinha. Sendo que Manuel Luís Goucha não esquece quando o progenitor lhe chamou “maricas”. “Tinha eu tinha 9 anos. Não há ressentimento nenhum. Nem marcas. Aos 9 anos, eu já sabia o que era. ‘Maricas’ é uma palavra deselegante, ‘p ********’ ainda pior. Mas, na altura, era o que havia”, afirmou.

Por não terem uma relação próxima, o apresentador nem chegou a marcar presença no funeral. “Morreu aos 70 e muitos”, disse, tendo acrescentado: “Não senti nada, zero. Fui para Paris, pois estava de viagem marcada”. E foi então que assumiu que nunca pensou em despedir-se do pai. “Não senti nada, senti que lhe devo a minha existência em 50 por cento. E sinto que era um homem a quem não deixaram ser pai. Temos aqui várias hipóteses em aberto, sem resposta: não quis ser pai, a vida não o deixou ser pai ou a minha mãe dificultou-lhe a vida para ele ser pai. Estamos a falar de uma separação há 66 anos, uma coisa completamente diferente de hoje. Odiaram-se. (…) A guerra era tal entre os dois que ele não dava a pensão de alimentos, a tempo e horas, e a minha mãe, todos os meses, ia fazer queixa ao tribunal. Quem se lixou foram os filhos”, recordou.

Goucha gostava de ter tido uma conversa final com o pai

Embora tivesse crescido afastado do pai, Manuel Luís Goucha recorda-o como “um tipo divertido, porreiro”. “A relação que existia era entre dois homens. Sabia que ele era meu pai, mas não havia, como calcula, um vínculo filho-pai…”, disse.

Mas foi então que o marido de Rui Oliveira se emocionou quando questionado se se arrependia de alguma coisa. “Não é arrepender, mas às vezes pergunto-me: ‘Que homem era aquele?’ São as tais perguntas que ficam sem resposta. Já depois da morte do meu pai… [quase a chorar], a minha madrasta foi à TVI e disse-me: ‘O teu pai tinha muito orgulho em ti’. Estou a comover-me, já viu? Está a ver como, na sequência de uma conversa, vem a emoção? Isto afinal está por resolver… Não há solução…”.

“Se ele aparecesse agora, dava-lhe um grande abraço?”, questionou o jornalista Paulo Abreu. E o apresentador assumiu que gostava de ter uma conversa com o progenitor. “Não sei… Sei que me sentava à conversa com ele, sim. Gosto de ouvir os outros, e queria saber a sua história. (…) Seria uma conversa de dias…”, assegurou.

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Texto: Carolina Marques Dias; Fotos: redes sociais

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