José Castelo Branco Receia morte da mulher: “Sem a minha Betty, não sei o que sou”

O socialite José Castelo Branco concedeu uma entrevista exclusiva à revista Nova Gente. Um dos tópicos abordados foi a condição física da esposa, Betty Grafstein, e o seu medo de a perder.

Sempre que solicitado, José Castelo Branco regressa a Portugal para marcar presença em inaugurações e eventos, como aconteceu pouco antes do Natal. No entanto, o marchand d’art regressa sempre a Nova Iorque, nos Estados Unidos, o mais rápido que pode para se juntar à mulher.
 
Afinal, Betty Grafstein, de 95 anos, tem passado por vários problemas de saúde nos últimos tempos e voltou mesmo a ser hospitalizada, devido a um vírus. Casados há 28 anos, Zé confessa ter “muito medo” de perder a companheira, com quem mantém a esperança de regressar ao nosso país.
 
A pretexto da inauguração da GS Luxury Concept, no Porto, à NOVA GENTE, Castelo Branco partilhou preocupações, mas também o orgulho na neta, Constança, de um ano, além da vida na Big Apple no último ano. 
 
Está sempre pronto a regressar a Portugal?
Sempre que há um convite que não possa recusar, como o da Gi Santos, mas este foi um regresso rápido, pois segui logo para Frankfurt. 
 
Frankfurt?
Sim. Tive uma reunião na Alemanha com um agente europeu para futuros trabalhos. Depois, segui para os Estados Unidos para o aniversário da minha Betty.
 
São conhecidos os problemas de saúde da Betty. Como é que ela está?
Ela fez 95 anos no dia 26 de novembro e garanto que está com uma cabeça ótima e melhor do que a minha. Haja alguém na família com a cabeça da minha Betty para meter juízo em tudo. Muita gente fala do que não sabe relativamente à saúde da minha mulher, em vez de perguntarem a quem de direito. Não acho correto que façam notícias que não correspondem à verdade.
 
O Zé imagina-se sem a Betty na sua vida?
Eu sem a minha Betty não sei o que sou. Sou perdido, completamente. No dia 8 de dezembro, dei uma festa em que comemorámos o aniversário da Betty e os nossos 28 anos de casamento. Dizem as más-línguas que o Zé está casado por interesse… Nota-se! Vinte e oito anos de casamento demonstram isso tudo. Essa gente tem é inveja que o meu casamento seja feito de amor e muito companheirismo. São ridículas essas pessoas.
 
Sente-se reconhecido em Nova Iorque?
Hoje posso afirmar que sou bastante reconhecido em Nova Iorque.
 
Mas acha que esse reconhecimento se deve essencialmente a ser casado com a Betty? 
Obviamente que, numa fase inicial da minha vida nos Estados Unidos, o meu estatuto era mais simples do que é hoje. Entretanto, saímos uma temporada de Nova Iorque e foi nessa altura, em que eu já estava muito próximo de figuras muito conhecidas do jet set americano, que a minha presença em grandes eventos ficou um pouco esquecida.
 
E depois regressa aos Estados Unidos…
Sim. E foi nessa altura que a minha Betty ficou muito doente e eu deixei praticamente a vida social para estar junto da minha mulher. Queria dar-lhe muita força e muito carinho. 
 
No entanto, nesse período em que a saúde da Betty começou a ficar debilitada, o Zé acaba por “explodir” no mundo dos VIP de Nova Iorque.
Olhe, isso foi há um ano. Estava numa festa e uma senhora importantíssima veio ter comigo a dizer que não me via há anos. Perguntou-me por onde eu andava e que era estranho estar em festas e não me ver.
 
E qual foi o motivo para essa ausência?
Disse-lhe que estava a tratar da Betty e que isso era mais importante que tudo. A senhora afirmou compreender isso, mas também disse que “os Estados Unidos precisam de si”.
 
E nessa altura acabou por ter grande destaque na Imprensa americana… 
Foi precisamente após esta conversa, nessa festa, que, de repente, o meu nome explode.
 
Mas foi por causa dessa conversa que chamou a atenção?
Obviamente que ter a Betty, sendo uma senhora altamente conhecida e reconhecida em Nova Iorque, ajudou, mas também porque as pessoas começaram a reconhecer que a minha aura ajuda muita gente. Consigo medir isso de ser influencer pelas minhas redes sociais. Há imensa gente, em todo o mundo, que desabafa comigo, pede conselhos e até me manda presentes. Obviamente que faço questão de oferecer os presentes às criancinhas mais necessitadas do Metropolitan Hospital. Tenho sempre presente o lema “faz o bem, não olhes a quem”.
 
Como é o seu dia a dia em Nova Iorque?
Dou-lhe um exemplo banal: vou ao supermercado com a Betty e toda a gente vem ter connosco de uma forma incrível. Às vezes, até olhamos um para o outro para tentar perceber este fenómeno. Eu acho que é por sermos genuínos, ou seja, aquilo que veem nas redes também observam in loco. A energia que sempre tive e a exuberância chegaram aos americanos e isso é reconhecido.
 
Também foi assim quando conheceu a Betty?
Quando entrei na Quinta das Celebridades (TVI), a Betty dizia em inglês: “Eu não percebo português, mas fico presa ao ecrã a ver o Zé, porque realmente tem algo de diferente e de boa energia”. Eu sempre fui assim e acho que foi assim que conquistei o amor da minha Betty. Sou humilde e completamente transparente!
 
A vida tem um princípio e um fim. Tem medo do futuro? 
Tenho muito medo. Embora saiba que a morte é o futuro de qualquer ser vivo, no caso da Betty não consigo encarar essa situação. Por muito que me digam para estar preparado, não consigo aceitar. Até comento com a Betty esta situação e ela, em tom de brincadeira, diz que não sabe se vou primeiro. Eu não consigo ver a minha vida de 28 anos esfumar-se. 
 
Como será a sua vida sem a Betty?
Não consigo conceber a minha vida sem a Betty. Quando ela partir, morrerei também.
 
Tem estado com o seu filho?
Tenho estado dentro do possível com o Guilherme, que tem uma filha maravilhosa, a Constança.
 
A sua neta já se “identifica” com o estilo do avô?
É engraçado que ela já gosta de diamantes, ouro, roupas. Tem a minha genética toda.  A minha neta já nasceu “Dona”.
 
Como está o processo da casa de Sintra? Já recuperou o acesso?
Não sei. Está com os advogados e também não quero falar muito disso. Lamento tudo isto porque acreditei naquela pessoa [Pedro Pico, ex-concorrente do Big Brother Famosos e fundador da Drag Taste]. Fui completamente defraudado. Entreguei a chave de casa a uma pessoa que não está bem da cabeça. Ainda agora essa pessoa saiu de uma clínica de recuperação. Ele tem uma mãe que acho que ainda é pior do que o filho e que se diz psicóloga.
 
Como vê o universo VIP atualmente em Portugal?
É assustador! Falta tudo! Nunca vi tanta pinderiquice à solta. São algemadas à maior falta de mau gosto e mau tom. É triste perceber que o glamour dos anos 90 tenha decaído tanto
 
Texto: Sérgio Queirós; Fotos: João Manuel Ribeiro/Impala

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