Clara de Sousa explica por que recusou ir para a Ucrânia

Clara de Sousa confessou que, atualmente, não queria ser enviada especial da SIC à Ucrânia ou aos países fronteiriços. “Não gostava. Não sou repórter de guerra”.

Clara de Sousa explica por que recusou ir para a Ucrânia

Clara de Sousa confessou durante a atribuição dos Prémios Cinco Estrelas, em que foi distinguida com o galardão na categoria Jornalismo, que, atualmente, não queria ser enviada especial da SIC à Ucrânia ou aos países fronteiriços, ao contrário dos colegas dos canais informativos. “Não gostava. Não sou repórter de guerra. E também acho que as pessoas não podem ir de ânimo leve para este tipo de ‘palcos’. As pessoas devem estar onde são mais necessárias. Se eu sou mais necessária no estúdio para ‘distribuir jogo’, obviamente que são os meus colegas que têm mais treino em cenários de guerra que devem ir para lá. Porque isto de estar num palco de guerra não é uma coisa simples. As pessoas têm de perceber que, além de arriscado, há regras a cumprir, há treino que é necessário ter, experiência necessária, e devem ir os melhores. Como noutros tempos ia o Paulo Camacho, a Cândida Pinto, que já têm muita experiência”, confessou, em exclusivo à Nova Gente,

«Não me parece que valha a pena»

Para a jornalista da SIC, não faz sentido um pivô ir cobrir uma guerra. “Fazer o quê? Fazer aquilo que as outras pessoas fazem, que é meter os seus pivôs a 500 quilómetros de onde as coisas estão a acontecer? Para isso não me parece que valha muito a pena. Acho melhor estarmos cá”, respondeu, com assertividade.

Clara de Sousa não quis destacar o papel de nenhum jornalista em particular e falou de uma forma generalizada, revelando a sua principal inquietação. “Acima de tudo, eles têm de estar a desempenhar a sua profissão com os poucos meios que têm no terreno, e obviamente que estão limitados. Mas acho que têm de fazer em segurança e, portanto, eu percebo que para eles também seja difícil e desejo a todos um bom trabalho e que regressem bem. A minha preocupação é essa, sempre”, concluiu.

Texto: Inês Cordeiro; Fotos: Impala

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