Peter Francisco, o herói português dos Estados Unidos da América

A figura heróica de Peter Francisco mantém-se como elo histórico memorável dos laços entre Portugal e os Estados Unidos da América.

Peter Francisco, o herói português dos Estados Unidos da América

No passado dia 4 de julho, assinalou-se o Dia da Independência dos Estados Unidos da América, um dos principais feriados, se não mesmo o principal feriado, da nação norte-americana, que evoca a Declaração de Independência de 1776, ano em que as Treze Colónias declararam a separação formal do Império Britânico.

O processo de independência dos EUA, ao corporalizar as aspirações à emancipação dos povos, ao triunfo dos direitos inalienáveis do Homem, designadamente o direito à vida, à liberdade, à felicidade e à segurança, constituiu um marco indelével para a Humanidade.

Peter Francisco foi raptado em criança por corsários que o abandonaram na costa norte-americana

Nesse arrojado processo, abalizado pela Guerra da Independência, iniciada em 1775 entre os colonos americanos e a Coroa Inglesa, e o reconhecimento da emancipação com o Tratado de Versalhes em 1783, destaca-se a figura heróica do português Peter Francisco, a quem chamaram «o Gigante da Virgínia», «o Gigante da Revolução», «o Hércules da Virgínia».

Pedro Francisco, ou Peter Francisco, terá nascido a 9 de Julho de 1760, na freguesia de Porto Judeu, na Ilha Terceira, no Arquipélago dos Açores, de onde foi raptado ainda em criança por corsários que o abandonaram na costa norte-americana.

Após passar pelo orfanato de Prince George County, foi acolhido pelo juiz Anthony Winston, magistrado que, em março de 1775, participou na Convenção da Virgínia, acompanhado do seu protegido de raízes lusas.

Peter Francisco mantém-se como elo histórico entre Portugal e os Estados Unidos da América

Com uma imponente estampa física de mais de dois metros altura e 100 quilos de peso, Peter Francisco desde cedo decidiu combater pela independência dos Estados Unidos, alistando-se no 10.º Regimento de Virgínia, às ordens de George Washington, que viria a ser o primeiro Presidente dos EUA, distinguindo-se nas várias baralhas em que participou pelos seus atos de heroísmo e bravura.

Quando ainda recentemente as comunidades portuguesas de Boston e de Providence acolheram as comemorações oficiais do Dia de Portugal, e o Presidente da Republica, Marcelo Rebelo de Sousa, se deslocou a Washington para uma visita oficial que contou com um encontro com o Presidente dos EUA, Donald Trump, a figura heróica de Peter Francisco mantém-se como elo histórico memorável dos laços entre Portugal e os Estados Unidos da América.

Daniel Bastos

Artigo de opinião de Daniel Bastos

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