A menopausa é uma época da vida da mulher que ocorre por norma entre os 45 e os 55 anos de idade e corresponde ao período que se inicia um ano após a última menstruação. Representa o fim do ciclo menstrual e da produção de hormonas.

Esse momento atribulado de transição produz diversas mudanças físicas e neuropsicológicas, com a manifestação de vários sintomas que prejudicam o bem-estar da mulher. Por essa razão, muitas mulheres procuram diferentes formas de tratamentos convencionais e alternativos para aliviar os sintomas. Desses tratamentos, a medicina ortomolecular apresenta uma opção para o alívio dos sintomas de forma natural e individualizada.

Com o objetivo de explicar os benefícios desse tratamento, produzi mais um estudo pontuando algumas informações. A medicina alternativa pode ser definida como a intervenção na saúde do paciente fora dos padrões convencionais da medicina formal. Não é discutida por médicos e não é prestada nos hospitais. É diversa, engloba diferentes aspetos da saúde (física, mental e emocional) e a sua aceitação varia de acordo com a cultura em que está inserida. Em muitos países, não só é aceite como coexiste com a medicina formal.

Estudos mostram que a terapia apresenta benefícios imprescindíveis para uma quantidade considerável de doenças graves, como diabetes, doenças cardiovasculares, hipertensão, deterioração das funções cognitivas relacionadas com o envelhecimento e outras doenças neurodegenerativas. Também melhora a imunidade, entre outras doenças.

A terapia é benéfica para problemas ‘menores’, de menor escala, mas que causam desconforto e debilidades no dia-a-dia. O foco é trabalhar com nutrientes que se encontram no corpo de maneira natural extremamente necessários para o organismo e que, por razões diversas e individuais, apresentam-se em quantidade insuficiente para uma boa saúde.

A medicina ortomolecular procura – recorrendo-se a um tratamento natural – o equilíbrio bioquímico do corpo, através de dieta rica em vitaminas e minerais, além de suplementos naturais, promovendo uma melhor saúde para mulher.

Com a ajuda de um profissional, este tratamento revela-se seguro e efetivo no alívio dos sintomas da menopausa e é imprescindível que profissionais de saúde compreendam essa fase de forma sistémica, tendo em consideração os hábitos de vida e de alimentação, as especificidades dos sintomas apresentados e as experiências das mulheres nesta fase.

Só assim, com ações pontuais de prevenção, recuperação e promoção da saúde e bem-estar físico e neuropsíquico, será possível neuroeducar a mulher para essa fase. Visto que, só assim, tendo consciência desta etapa da vida, é que encontram saída para agir perante os sintomas apresentados de modo mais autónomo e tranquilo.

Fabiano de Abreu Rodrigues, filósofo e cientista

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