Ano Novo, nova esperança para o Plano Nacional para a Demência
Alzheimer Portugal assinala trinta anos ao serviço das pessoas com demência
Artigo de Opinião de José Carreira, Presidente da Associação Alzheimer Portugal
Nas últimas três décadas a Alzheimer Portugal desenvolveu um trabalho meritório no âmbito da informação, da sensibilização, da formação e da prestação de cuidados às pessoas com doença de Alzheimer. Este é um precioso legado, iniciado pelo Professor Doutor Carlos Garcia, que nos responsabiliza e que, simultaneamente, nos motiva na busca incessante das melhores soluções para os desafios que as famílias têm de enfrentar todos os dias.
Muitas vezes, pode ser difícil perceber a diferença entre as mudanças características do envelhecimento e os primeiros sinais da doença de Alzheimer. A perda de memória é uma característica natural do envelhecimento. Mas quando a perda de memória começa a perturbar a vida quotidiana da pessoa, já não estamos a falar de algo natural, mas sim daquilo que poderá ser um sintoma de demência.
Manter-nos-emos focados na urgência do reconhecimento, pelos decisores políticos, da Doença de Alzheimer como uma prioridade a ser incluída nas políticas de saúde e de segurança social a serem implementadas. Tudo faremos para que o Plano Nacional para a Demência seja uma realidade e não apenas uma promessa que tarda a ser cumprida.
Estamos igualmente apostados na recolha dos últimos ensinamentos sobre a Doença de Alzheimer, na sua divulgação, aplicação e promoção da investigação, de forma a contribuir para um melhor conhecimento das suas causas, efeitos e profilaxia.
A Alzheimer Portugal é a única organização em Portugal, de âmbito nacional, especificamente constituída com o objetivo de promover a qualidade de vida das pessoas com doença de Alzheimer e dos seus familiares e cuidadores. Pode consultar o site da associação aqui.
A Organização Mundial de Saúde estima que em todo o mundo existam 47.5 milhões de pessoas com demência. A doença de Alzheimer assume, neste âmbito, um lugar de destaque, representando cerca de 60 a 70% de todos os casos de demência (World Health Organization [WHO], 2015).
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