Rui Costa explica mexidas no Benfica com intuito de melhorar e ajustar plantel

O presidente do Benfica explicou hoje as movimentações no mercado de transferências de janeiro, que findou com sete saídas e quatro contratações, com o intuito de melhorar e ajustar o plantel de futebol para os objetivos da época.

Rui Costa explica mexidas no Benfica com intuito de melhorar e ajustar plantel

Em entrevista à BTV, canal de televisão do clube lisboeta, Rui Costa abordou as razões que levaram aos ingressos de Álvaro Carreras, Gianluca Prestianni, Benjamín Rollheiser e Marcos Leonardo na equipa, em investimento total de 23,75 milhões de euros (ME).

“Admitindo a carência de golos dos nossos avançados, entendemos que devíamos ir ao mercado contratar mais um avançado. O Marcos Leonardo foi possível contratar neste defeso só porque o Santos desceu de divisão. Aproveitámos também as boas relações com o Santos e, em termos financeiros, foi um negócio muito vantajoso para nós. Com 20 anos, já leva 50 golos no Santos e dá-nos garantias de presente e futuro. Penso que já tem mostrado o porquê da nossa vontade em trazê-lo já”, explicou o ex-futebolista.

O negócio de Marcos Leonardo foi efetivado por 18 ME, um valor que será pago apenas a partir da próxima época, revelou Rui Costa, enquanto o espanhol Álvaro Carreras foi contratado por cedência dos ingleses do Manchester United, tendo opção de compra.

“O Jurásek não teve o impacto que esperávamos e o Bernat infelizmente não esteve ao serviço do Benfica praticamente, pelas lesões que tem tido. Era necessário reforçar a lateral-esquerda, sobretudo. O Álvaro Carreras entronca na política desportiva, por ser um jovem de 20 anos, mas já com bom andamento nas pernas, titular nos sub-21 de Espanha e com escola de Real Madrid e Manchester United. Um jovem com qualidade técnica e acreditamos no potencial. Tivemos a sorte de o trazer neste defeso”, realçou.

Em relação a Rollheiser e Prestianni, Rui Costa apontou que os extremos argentinos já estavam praticamente garantidos há algum tempo, o primeiro para ingressar somente na próxima temporada e o segundo para assinar em 31 de janeiro, quando fez 18 anos.

“Com a saída do Gonçalo Guedes e com a possibilidade de termos compra obrigatória, mas a ser efetuada só na próxima época, antecipámos em cinco meses a chegada do Rollheiser, acreditando que pode ser útil ainda nesta época e antecipando o que possa ser uma adaptação a uma realidade diferente”, detalhou Rui Costa, numa operação de um ME pela cedência, sem se especificar o valor da compra obrigatória a ser exercida, ao passo que Prestianni custou nove ME, aos quais podem acrescer dois ME em bónus.

Por outro lado, as ‘águias’ viram sair sete atletas, entre eles o avançado internacional croata Petar Musa, que rumou aos norte-americanos do FC Dallas por nove ME, mais três ME de bónus, um negócio que todas as partes envolvidas consideraram “vantajoso”.

“O Petar Musa teve mais minutos do que os outros, mas, com a recuperação do Arthur Cabral e a aposta em Marcos Leonardo e Tengstedt, ia fazer com que um deles tivesse menos minutos. Foi um jogador influente várias vezes a sair do banco, mas fazia pouco sentido termos quatro avançados para jogar um. Corríamos o risco de chegar ao fim da época e, com menos utilização, não recebermos uma proposta melhor. Se não tivesse aparecido esta proposta, talvez a nossa decisão teria sido diferente”, atirou Rui Costa.

Se o central brasileiro João Victor foi vendido ao Vasco da Gama por seis ME, ao que se acrescem dois ME em bónus, que permitiu recuperar “praticamente tudo” o que tinha investido no jogador, já o lateral checo Jurásek, contratado no início desta época, foi emprestado aos alemães do Hoffenheim por 250 mil euros, com opção de compra.

Os portugueses Chiquinho e Gonçalo Guedes perderam espaço no plantel, o primeiro pelo surgimento de João Neves e Kökçü e o segundo devido a constantes lesões, com o médio a ser vendido aos gregos do Olympiacos por 500 mil euros, a poucos meses do término do seu contrato, e o extremo a ver terminado o empréstimo dos ingleses do Wolverhampton e a ingressar nos espanhóis do Villarreal, em duas “soluções ideais”.

Por último, Rui Costa ainda detalhou as saídas definitivas de Lucas Veríssimo e Gabriel, que já não faziam parte do atual plantel, com o central a ser transferido para os qataris do Al-Duhail por oito ME — um ME de bónus — e o médio a rescindir de forma amigável.

O Benfica lidera a I Liga portuguesa de futebol, com 51 pontos, embora com mais um jogo do que o Sporting, segundo, com 49, visitando no domingo, às 20:30, o Vitória de Guimarães, quinto, com 39, com arbitragem de Luís Godinho, da associação de Évora.

DYRP // VR

By Impala News / Lusa

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