Álvaro Sobrinho pede a demissão de Bruno de Carvalho

O maior acionista individual e o segundo do clube e da SAD leonina diz que o presidente do Sporting está a “colocar em risco os ativos do clube”.

Álvaro Sobrinho pede a demissão de Bruno de Carvalho

O empresário Álvaro Sobrinho pediu hoje a demissão da direção da SAD do Sporting, frisando que a Holdimo, detentora de 30% das ações da sociedade, perdeu a confiança no elenco liderado por Bruno de Carvalho.

A direção da Sporting SAD não merece a confiança do segundo maior acionista e deve apresentar a demissão. As empresas têm de ser geridas profissionalmente e não por emoção: Bruno de Carvalho tem causado imensos problemas e danos reputacionais ao Sporting. Era estúpido um acionista gostar desta situação“, anunciou Álvaro Sobrinho em declarações ao Jornal Económico.

O investidor angolano, por intermédio da empresa Holdimo, detém 30% das ações do Sporting.

As ações do Sporting caíram mais de 17 por cento, para 63 cêntimos, reduzindo a capitalização bolsista da SAD para 46,9 milhões de euros.

“A Holdimo está imensamente preocupada e vai fazer absolutamente tudo para preservar os seus principais ativos, que são os jogadores. Tudo faremos para manter a estabilidade da SAD. Há um problema na gestão da SAD, nos órgãos da direcção, no presidente e nos seus membros executivos”, reiterou Álvaro Sobrinho.

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Sobrinho garantiu que a Holdimo “tudo fará para manter a estabilidade da SAD”, onde “há um problema na gestão da sociedade, nos órgãos da direção, no presidente e nos seus membros executivos”.

A polémica que envolve o Sporting agravou-se nos últimos dias, depois da derrota da equipa de futebol no domingo, no último jogo da I Liga de futebol, frente ao Marítimo, que fez o clube de Alvalade perder o segundo lugar para o Benfica.

Na terça-feira, antes do primeiro treino para a final da Taça de Portugal, que vai disputar com o Desportivo das Aves, a equipa de futebol foi atacada na Academia Sporting, em Alcochete, por um grupo de cerca de 50 alegados adeptos encapuzados, que agrediram técnicos e jogadores.

A GNR deteve 23 dos atacantes e as reações de condenação do ataque foram generalizadas e abrangeram o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, e o primeiro-ministro, António Costa.

Face às críticas, Bruno de Carvalho negou hoje, em comunicado enviado à Lusa, qualquer responsabilidade pelo ataque na academia, rejeitou demitir-se da presidência do Sporting e anunciou que vai processar Ferro Rodrigues, bem como comentadores e jornalistas por o terem “difamado e caluniado” após os atos de violência em Alcochete.

Entretanto, a Mesa da Assembleia-Geral demitiu-se em bloco, vários membros do Conselho Fiscal e Disciplinar renunciaram aos cargos e parte do Conselho Diretivo também renunciou.

Paralelamente, a Polícia Judiciária deteve quatro pessoas ligadas ao Sporting na quarta-feira, incluindo o diretor desportivo do futebol, André Geraldes, na sequência de denúncias de alegada corrupção em jogos de andebol e de futebol.

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