Advogado de Carrilho diz que história de agressões está mal contada e pede absolvição

A defesa do antigo ministro da defesa pediu a absolvição do seu cliente e advogado afirma: «Estou sempre confiante»

Advogado de Carrilho diz que história de agressões está mal contada e pede absolvição

Paulo Sá e Cunha, defesa de Carrilho afirma: «Estou sempre confiante»

O advogado de Manuel Maria Carrilho também prestou declarações afirmando que quem esteve na audiência ouviu coisas novas que ainda não tinham sido levadas a tribunal.

«Com toda a convicção, acho que não foi feita prova de violência doméstica.»

Sobre o comportamento agressivo que o antigo ministro manifestou ao longo deste longo processo, a defesa admite que não foi correto e que condena esse mesmo comportamento mas que isso não significa que tenha havido violência doméstica durante o casamento do arguido com a assistente.

«Estou sempre confiante. Estou moderadamente otimista porque acho que de facto os processos têm de ter algum sustentáculo na prova e as decisões do tribunal, em regra, são decisões corretas e se não forem há os recursos para as corrigir», disse revelando que caso o seu cliente seja condenado irá «naturalmente» recorrer até que lhe seja permitido.

Advogado de Bárbara: «Não dá quaisquer sinais de arrependimento»

À saída do tribunal, Pedro Reis prestou declarações aos jornalistas e afirmou que a decisão de pedir prisão efetiva se prende com o facto de haver «a certeza de que o arguido continuará a sua atividade criminosa» e que «não dá quaisquer sinais de arrependimento».

«Ele não tem remédio. Era bom que a justiça se credibilizasse para não haver esta ideia na opinião pública de que há dois pesos e duas medidas.»

«A valoração do MP não foram suficientes», disse o advogado de Bárbara referindo-se aos três anos e quatro meses de pena suspensa.

Ao longo das alegações finais, a defesa referiu que Manuel Maria Carrilho era «a maior vítima deste processo». Pedro Reis respondeu aos jornalistas dizendo: «Mas alguém acredita nisso?»

O pedido de absolvição

A defesa de Manuel Maria Carrilho pediu esta segunda-feira a absolvição do seu cliente no processo em que está acusado de violência doméstica contra a ex-mulher, Bárbara Guimarães, por as acusações serem uma «história patética e muito mal contada».

«Bárbara Guimarães não tem credibilidade, nem coerência e tudo o que afirmou é inverosímil», começou por afirmar Paulo Sá e Cunha, que durante três horas e meia tentou desmontar os argumentos apresentados pela acusação do Ministério Público e pelo defensor da apresentadora, em relação aos episódios de alegadas agressões relatados ao longo de quase dois anos de julgamento.

Para o advogado de Carrilho, em tribunal, Bárbara Guimarães contou uma «história patética, um folclore, através de relatos que parece não terem sido vivenciados e que têm muitas incongruências», descrevendo a assistente como «uma diva, uma pessoa com grande auto-estima», ao contrário da fragilidade motivada pelo medo e pela vergonha defendidos pela acusação.

«Não houve violência doméstica, não houve ameaças. Houve um quadro de progressiva degradação do casal. O divórcio [em dezembro de 2013] não teve nada a ver com agressões, violência ou insultos», disse Paulo Sá e Cunha assumindo, contudo, que o seu cliente é «frontal e conflituoso» e que disse «algumas coisas que não devia».

Para o advogado, o julgamento foi muitas vezes uma «realidade virtual», na qual «a acusação pintou um quadro de perigoso criminoso e da coitadinha vítima», mas que o argumento «que não adere à realidade, pelo contrário».

Sobre o facto de Manuel Maria Carrilho expor a vida do casal nas revistas algumas vezes com palavras menos simpáticas em relação à sua ex-mulher, e à relação do casal, o causídico acusou Bárbara Guimarães de ser a primeira a fazê-lo através de uma notícia do jornal Expresso de 17 de outubro de 2013 sob o título «Carrilho com queixa por agressão no DIAP».

«É a prova de que faz cair a máscara de silêncio de Bárbara Guimarães, a beata», disse o advogado.

Apesar de não subscrever algumas reações de Manuel Maria Carrilho à data dos factos [finais de 2013], Paulo Sá e Cunha explicou que o arguido se descontrolou quando Bárbara Guimarães mudou a fechadura de casa e disse coisas sem pensar, tendo passado por um período muito conturbado, sentindo um «desnorte emocional absoluto».

Depois de uma longa explanação, o advogado pediu ao tribunal singular a «total absolvição pelos crimes de que o arguido está acusado» por considerar que não ficou provada a acusação de violência doméstica nem difamação.

Da parte da manhã o advogado de Bárbara Guimarães pediu a condenação de Carrilho a uma pena efetiva de prisão de três anos e dez meses, depois de o Ministério Público ter pedido, em outubro, três anos e quatro meses de pena suspensa.

A última sessão do julgamento antes da leitura da sentença está marcada para dia 04 de dezembro.

Num outro processo que envolve o ex-casal, a 31 de outubro, o tribunal condenou Manuel Maria Carrilho a quatro anos e seis meses de prisão com pena suspensa por agressão, injúrias, violência doméstica, entre outros crimes cometidos contra a apresentadora de televisão em 2014, a quem terá de pagar 50 mil euros.

 

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