Covid-19: OMS pondera alargar recomendação para uso de máscaras

A Organização Mundial de Saúde vai reavaliar as suas recomendações sobre o uso de máscaras para prevenir a contaminação com covid-19.

Covid-19: OMS pondera alargar recomendação para uso de máscaras

A Organização Mundial de Saúde vai reavaliar as suas recomendações sobre o uso de máscaras para prevenir a contaminação com covid-19, disse hoje o presidente do grupo de especialistas que vai discutir o assunto. Citado pela BBC, David Heymann, que vai presidir a um grupo de especialistas que irá reavaliar quem deve usar máscaras, disse que a equipa vai analisar novos dados que estimam que o vírus possa ser projetado mais longe do que se pensava.

LEIA MAIS
Alerta Páscoa | Deslocações nestes dias limitadas ao concelho de residência

Um estudo norte-americano sugere que o vírus projetado pela tosse atinja seis metros e pelos espirros oito. Atualmente, a OMS considera que as máscaras só devem ser usadas pelas pessoas que já estão infetadas com covid-19 ou que cuidam dos doentes.

Também os Estados Unidos estão a ponderar mudar a sua posição, tornando obrigatório o uso de máscaras para conter a disseminação da covid-19, seguindo o exemplo de países asiáticos e europeus, admitiu o diretor do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças.

“Grande número de pessoas infetadas permanece assintomática”

“Está provado que um grande número de pessoas infetadas permanece assintomática”, explicou Robert Redfield à rádio NPR, reconhecendo que “se usassem uma máscara, poderiam reduzir mecanicamente as transmissões até 25%”.

Também o diretor do Instituto de Doenças Infecciosas, Anthony Fauci, que se tornou o principal conselheiro do executivo dos EUA sobre o coronavírus, admitiu que o grupo de trabalho da Casa Branca tem tido “debates muito ativos” sobre o assunto.

Fauci reconheceu que a hesitação inicial em recomendar o uso generalizado não se baseou em nenhum argumento científico, mas na escassez de máscaras: os Estados Unidos, como a França e outros países, não tinham e ainda não têm máscaras suficientes para as necessidades do pessoal médico e de toda uma população.

“Mas uma vez que tenhamos máscaras suficientes, será seriamente considerada a recomendação de uso de máscaras por todos”, garantiu.

Podem aumentar o risco de coronavírus “se usadas incorretamente”

No entanto, a Organização Mundial de Saúde (OMS) continua a defender que as máscaras só devem ser usadas pelas pessoas infetadas ou que cuidam dos doentes.

“As máscaras podem, na verdade, aumentar o risco de coronavírus se usadas incorretamente”, alertou o diretor executivo do programa de emergências em saúde da OMS, Mike Ryan, numa conferência de imprensa realizada na segunda-feira em Genebra.

Segundo este responsável da OMS, “não existem provas específicas que sugiram que o uso de máscaras pela população em massa tenha algum benefício potencial”.

Portugal segue – através da Direção-Geral de Saúde – a posição da OMS, mas também está a rever a possibilidade de mudar as orientações.

Gráfico sugere o contrário

A Universidade norte-americana Johns Hopkins divulgou um gráfico no qual sugere que, nos países onde a máscara foi tornada obrigatória, o número de infetados começou a estabilizar cerca de um mês depois do surto (no caso, depois da contabilização de 100 casos), enquanto países como Reino Unido, França, Alemanha, Espanha e, sobretudo, Itália e Estados Unidos, continuam a ver os contágios aumentarem exponencialmente.

Argumento seguido também em Portugal pelo Conselho das Escolas Médicas.

“A experiência de países como China, Macau, Taiwan, Singapura, Coreia do Sul é muito consistente”, defendeu o conselho num comunicado divulgado na semana passada, sublinhando que o uso generalizado de máscara é recomendado por várias entidades internacionais.

Para o Conselho das Escolas Médicas, “o uso de máscaras pela comunidade” pode “reduzir o risco de contaminação”, sendo que “quatro em cada cinco indivíduos contaminadores desconheciam que estavam infetados no momento.

LEIA DEPOIS
Meteorologia: Previsão do tempo para sexta-feira, 3 de abril
Assistência a filho paga a 100% deixa de fora alguns funcionários públicos

Vivemos tempos de exceção mas, mesmo nestes dias em que se impõe o recolhimento e o distanciamento social, nós queremos estar consigo. Na impossibilidade de comprar a sua revista favorita nos locais habituais, pode recebê-la no conforto de sua casa, em formato digital, no seu telemóvel, tablet ou computador.

Eis os passos a seguir:

1 – Aceda a www.lojadasrevistas.pt

2- Escolha a sua revista

3 – Clique em COMPRAR

4 – Clique no ícone do carrinho de compras e depois em FINALIZAR COMPRA

5 – Introduza os seus dados e escolha o método de pagamento

6 – Não tem conta PayPal? Não há problema! Pode pagar através de transferência bancária!

E está finalizado o processo! Continue connosco. Nós continuamos consigo.

Impala Instagram


RELACIONADOS