Insegurança, desconhecimento dos movimentos certos e dificuldade em ajudar a desbloquear traumas e crenças são alguns dos obstáculos mencionados pelos homens quando se trata de dar prazer às parceiras. Mais de metade sente mesmo frustração quando elas não atingem o orgasmo. O que define a masculinidade? Há algum tempo atrás, o homem era visto como tendo alguns deveres, como poder, proteção, trabalho ou sustento. Mas e agora, com uma geração de mulheres empoderadas?

A masculinidade apresenta-se de forma frágil e ferida, com uma série de questões a afetar diretamente a parte emocional do homem. Surgem muitas perguntas: Como ser forte e atraente? Como ter uma relação saudável? Como conquistar qualquer mulher? Como ser mais desejado? Como lidar com os bloqueios sexuais da mulher? Como conseguir que ela atinja o orgasmo da forma mais correta? ou Como ter mais segurança?

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Para compreender as principais preocupações e dificuldades do homem moderno face ao prazer feminino, a sexóloga e jornalista Aline Castelo Branco, criadora do método CDPM – Como Dar Prazer à Mulher, lançou uma pesquisa, em que participaram mais de dois mil homens. “Além de romper com um machismo estrutural, que é intrínseco a todo o homem, a minha intenção é demonstrar que, através do conhecimento, é possível mudar comportamentos, atitudes e ter um relacionamento saudável em três pilares, o emocional, o afetivo e o íntimo”, explica.

Quais são os principais obstáculos?

Na pesquisa realizada, foi possível apurar que 49% dos homens consideram ter uma parceira livre e liberal na intimidade, 13% dizem que ela é tímida e reservada na hora do sexo e 27% classificam-na como pouco expansiva, ficando pelo mais comum. Por outro lado, mais de metade (52%) considera não ter estado bem, revelando, por isso, frustração, nas situações em que a parceira não conseguiu atingir o orgasmo. Entre os principais obstáculos mencionados pelos homens, quando se trata de dar prazer à mulher, estão: não saber como ter mais segurança no que está a fazer (21%), dificuldade em estabelecer uma ligação (16%), desconhecimento dos movimentos certos a fazer durante o ato sexual, dificuldade em ajudar a parceira a desbloquear traumas e crenças sobre a sexualidade (10%) e dificuldade no sexo anal (7%).

“O homem precisa de compreender que não é culpado de tudo neste processo amoroso e íntimo. Cada ser humano tem os seus próprios medos e bloqueios, mas é possível ajudar a parceira, conhecendo técnicas, estratégias e ferramentas adequadas para o efeito. O relacionamento amoroso e íntimo é algo natural, que acontece, mas também deve ser pensado, para que não se cometam erros ou, mais tarde, causem frustrações.”, reforça a sexóloga.

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