O ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, e o secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Mendes, apresentaram a demissão devido à recente polémica com a TAP, que envolveu Alexandra Reis, antiga secretária de Estado do Tesouro. António Costa já aceitou o pedido de demissão do ministro.

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Foi através de um comunicado que o primeiro-ministro revelou ter aceite o pedido de demissão apresentado pelo Ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos. António Costa salienta a “dedicação e empenho com que exerceu funções governativas ao longo destes sete anos, quer nas áreas da sua direta responsabilidade, quer na definição da orientação política geral do Governo”, pode ler-se.

O adeus de Pedro Nuno Santos acontece numa altura em que o foco está todo na polémica com a TAP, que deu origem também à saída de Alexandra Reis. Que recebeu uma indemnização de 500 mil euros para abandonar, em fevereiro, o cargo de administradora executiva da transportadora aérea. Isto quando ainda tinha mais dois anos de contrato. Em junho, era nomeada pelo Governo para a presidência da Navegação Aérea de Portugal (NAV) e no final do ano foi a pessoa escolhida para secretária de Estado do Tesouro.

António Costa salienta “dedicação e empenho com que [Pedro Nuno Santos] exerceu funções governativas”

O gabinete do até agora Ministro das Infraestruturas e Habitação também já reagiu ao pedido de demissão. Referindo que “face à perceção pública e ao sentimento coletivo gerados em torno deste caso, o Ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, entende, neste contexto, assumir a responsabilidade política e apresentou a sua demissão ao primeiro-ministro”. É acrescentado que também o secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Mendes, apresentou a sua demissão, “no seguimento das explicações dadas pela TAP, que levaram o Ministro das Infraestruturas e da Habitação e o Ministro das Finanças a enviar o processo à consideração da CMVM [Comissão do Mercado de Valores Mobiliários] e da IGF [Inspeção-Geral de Finanças]”.

Pouco tempo depois, António Costa revelava, através de uma note, ter aceite os pedidos de demissão.

Texto: Bruno Seruca

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