Rio Tejo: ProTejo acusa Inspeção-Geral do Ambiente de incompetência

O movimento pelo Tejo emitiu um comunicado onde alerta para a incompetência do IGAMAOT e afirma que os resultados das análises podem estar comprometidos

A ProTejo – Movimento pelo Tejo – emitiu esta segunda-feira, dia 5, um comunicado com várias acusações à  Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT).

Esta segunda-feira deveriam ter sido divulgados os resultados das análises ao Rio Tejo, porém, estes mesmos resultados, de acordo com a ProTejo, foram divulgados apenas parcialmente.

«Os resultados das análises à água do rio Tejo foram conhecidos apenas parcialmente uma vez que o inspetor-geral do Ambiente Nuno Banza revelou que os resultados da Celtejo, empresa indicada como responsável pela maioria das descargas da indústria da pasta de papel, ainda não eram conhecidos visto que a inspeção teve dificuldades para recolher as amostras.»

As amostras seriam recolhidas de forma automática, no dia 26 de janeiro, mas quando os «inspetores se deslocaram ao local onde tinha sido colocado o coletor para as 24 amostras» (uma por hora, sendo que o coletor foi posto no interior do Tejo durante 24h)  verificaram que não tinham água para amostra, apenas espuma. Sem essa água seria impossível fazer as análises.

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Apenas no dia 31 foi realizada uma recolha manual. Dessa recolha foram entregues as amostras para análise «pelas 16 horas de quarta feira dia 31 de janeiro».

 

Análises recolhidas podem estar comprometidas

A ProTejo conclui assim «é evidente a incompetência revelada pela IGAMAOT na obtenção de prova pelo facto de ter demorado uma semana a fazer a recolha das amostras, considerando-se que deveria ter procedido à recolha manual das amostras logo que não obteve resultados com a recolha automática das mesmas».

«Lamentavelmente esta falta de determinação e intempestividade na resolução do problema de recolha automática pode colocar em causa a relevância da prova obtida», concluem no comunicado.

 

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