Vizinha que raptou menina de 5 anos com permissão para voltar a casa

Jennifer Ashley May-Cunningham ofereceu a Evie Beal uma xícara de chá, antes de levá-la para seu apartamento e trancá-la dentro, mas um vizinho a testemunhou e alertou os pais de Evie

Uma vizinha que raptou uma menina de cinco anos de um parque infantil inglês foi autorizada a voltar a viver na sua casa de sempre. Jennifer May-Cunningham, de 33 anos, ofereceu uma chávena de chá a Evie Beal, de 5 anos, antes de levá-la e de trancá-la em casa. Uma vizinha testemunhou o rapto e alertou a mãe da menina. Aterrorizada, Naomi Haynes, de 24 anos, correu para resgatar a filha. Acompanhada do marido, Daniel Beal, de 28 anos, conseguiu aceder ao apartamento de May-Cunningham e salvou a filha, antes ainda de a Polícia chegar para fazer a detenção da suspeita. No julgamento, May-Cunningham foi considerada culpada de sequestro, em 21 de abril.

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Para evitar o convívio com a vizinha, Evie foi enviada para casa da avó

Apesar de julgada e condenada, May-Cunningham foi autorizada a voltar a viver na casa onde antes morava, em Chale Green. Por precaução, os pais de Evie enviaram-na, mais ao irmão mais novo, Jensen, de 3 anos, casa da avó em Londres, ainda que isso constituisse risco acrescido para a saúde das crianças, por causa da pandemia da covid-19. Naomi, dona de casa, garante que a filha «está totalmente traumatizada». «Quando soube que Jennifer estava de volta ao bairro onde vivemos, ficou histérica, caiu no chão e vomitou com os nervos.»

«Todas as pessoas têm medo de deixar os filhos brincarem na rua e a minha filha está em terapia»

«Não há vizinha ou vizinho no bairro que não esteja preocupado e revoltado. Todas as pessoas têm medo de deixar os filhos brincarem na rua», conta a mãe de Evie, Naomi, de 24 anos

«Foi doloroso para mim, como mãe, vê-la tão assustada. Fiquei lívida com a decisão das autoridades judiciais. Deveriam impedi-la de voltar para o bairro, Deveriam enviá-la para longe. Não há vizinha ou vizinho no bairro que não esteja preocupado e revoltado. Todas as pessoas têm medo de deixar os filhos brincarem na rua. A minha filha está em terapia. Isto é uma vergonha!» Em 1 de março, Naomi estava em casa quando o marido levou os filhos ao parque, para que «brincassem um bocado ao sol, já que estava um dia bonito», recorda a mãe de Evie. E foi aí que se deu o rapto, gravado por câmaras de videovigilância. A mulher foi de facto detida, mas por pouco tempo.

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May-Cunningham condenada também por «agressão a um agente da autoridade»

May-Cunningham foi libertada sob fiança enquanto aguardava um julgamento. Voltou a ser detida em 12 de março, depois de violar as condições de da fiança. Em 13 de março, foi mantida presa durante um mês, antes de uma audiência durante a qual se declarou «inocente» de todas acusações. Pouco mais de um mês depois, em 21 de abril, os magistrados de Isle of Wight consideraram-na finalmente culpada por raptar Evie. O tribunal aplicou a May-Cunningham uma sentença de prisão de um mês por «rapto de uma criança», por «agressão a um agente da autoridade» no momento da primeira detenção e por «palavras e comportamentos ameaçadores».

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