Uma mulher vítima de alzheimer reconheceu a neta por um breve momento. A cena, registada em vídeo, está a emocionar o mundo. Nas imagens, a idosa (vítima de alzheimer há mais de uma década) é alimentada pela neta. Embora tenha deixado de reconhecer a neta há muito, no dia em que estas imagens foram gravadas a septuagenária aborda a mulher e reconhece-a. «Amo-te muito, meu amor.» A jovem é apanhada de surpresa e não consegue conter as lágrimas. «Eu também de amo muito, muito mesmo», diz-lhe. O vídeo está a captar a atenção de milhares de pessoas que vivem o drama da doença um pouco por todo o mundo.

Vítima de alzheimer é um de muitos exemplos apontados pela Associação Portuguesa de Familiares dos Doentes de Alzheimer

Segundo a Associação Portuguesa de Familiares dos Doentes de Alzheimer, Portugal é o 4.º país da OCDE com mais pessoas com demência por cada mil habitantes. O Relatório Health at a Glance 2017, publicado no site da associação, avança ainda que a média da OCDE é de 14,8 casos por cada mil habitantes. Em Portugal, a estimativa é de 19,9. No topo da tabela encontra-se o Japão, com 23,3 casos por mil habitantes. Seguem-se Itália, Alemanha, França, Grécia e Espanha. A idade é o principal fator para a demência, onde se inclui a alzheimer. Quanto maior a idade, mais alta é a taxa de prevalência. Entre os 65 e os 69 anos, a taxa é de 2%, subindo para 4% entre os 70 e os 74, para 7% entre os 75 e os 79, para os 12% entre os 80 e os 84 e para 20% entre os 85 e os 89. Para as pessoas com mais de 90 anos, a taxa de prevalência é de 41%.

A Doença de Alzheimer é reconhecida desde 1907

A Doença de Alzheimer é um tipo de demência que provoca uma deterioração global, progressiva e irreversível de diversas funções cognitivas como memória, atenção, concentração, linguagem e pensamento, como o caso desta vítima de alzheimer que pode ‘conhecer’ no vídeo abaixo. Esta deterioração tem como consequências alterações no comportamento, na personalidade e na capacidade funcional da pessoa, dificultando a realização das suas atividades de vida diária. Alois Alzheimer, médico alemão, foi quem, em 1907, descreveu pela primeira vez esta perturbação, da ‘família’ da demência.

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