Várias explosões sentidas em Kiev e em outras regiões da Ucrânia

Várias explosões soaram na capital Kiev e em outras regiões da Ucrânia, onde a população foi aconselhada a dirigir-se a abrigos, avançaram as autoridades militares

Várias explosões sentidas em Kiev e em outras regiões da Ucrânia

“Quedas de detritos foram registadas no distrito de Darnytskyi da capital. Os dados sobre vítimas e danos estão a ser verificados”, escreveu na plataforma Telegram o chefe da Administração Militar de Kiev, Sergii Popko, sublinhando que a defesa antiaérea “funciona”.

Um incêndio ocorreu hoje numa empresa no distrito de Darnytskyi após a queda de destroços, e uma explosão foi registada no distrito de Desnyanskyi, disse o autarca da capital, Vitali Klitschko.

“O ataque à capital continua. Não saiam dos abrigos durante o alerta aéreo”, pediu o autarca, também no Telegram.

Os militares relataram ainda ataques com “mísseis de cruzeiro” na região de Vinnytsia, no centro do país, e a imprensa local falou de explosões em Khmelnytskyi, cerca de 100 quilómetros a oeste.

Um alerta aéreo está em vigor em toda a Ucrânia.

Um alto responsável da Defesa norte-americana indicou na quarta-feira que um sistema ultrassofisticado de defesa antiaérea Patriot fornecido pelos Estados Unidos à Ucrânia foi danificado, mas está operacional.

“O sistema Patriot continua operacional”, declarou o responsável, precisando que está ainda em curso a avaliação dos danos causados por um projétil não-identificado que caiu nas proximidades.

Na terça-feira, o exército russo assegurou ter destruído um sistema de defesa Patriot após um “ataque de alta precisão” efetuado “por um míssil hipersónico ‘Kinzhal'”.

A Ucrânia desmentiu essas declarações de Moscovo, sublinhando que o sistema avançado de mísseis de interceção antiaérea, combinado com um dos radares mais eficazes do mundo, está a funcionar e “no ativo”.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas — 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.836 civis mortos e 14.985 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

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By Impala News / Lusa

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