Turquia e Síria: especialista diz que hoje é o último dia em que serão encontradas pessoas com vida

Especialista defende que hoje será o último dia em que as equipas de resgate vão encontrar pessoas vivas na Turquia e na Síria.

Turquia e Síria: especialista diz que hoje é o último dia em que serão encontradas pessoas com vida

Já passaram mais de 72 horas desde que um sismo, que atingiu os 7,8 na escala de Richter, abalou a Turquia e a Síria. O número de mortos já ultrapassou os 17 mil e estamos a atingir o limite para que sejam encontradas pessoas com vida nos escombros dos milhares de edifícios que ruíram. O alerta chega através de um especialista que, ainda assim, defende que não se deve deixar de procurar sobreviventes.

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“A taxa de sobrevivência nas primeiras 24 horas é, em média, de 74%. Depois das 72 horas é de 22% e no quinto dia é de 6%”, explica Steven Godby à SkyNews. Já em conversa com o The Sun, David Alexander, especialista da University College London, em Inglaterra, defende que hoje (9) é o dia em que as equipas de resgate vão deixar de encontrar pessoas vivas. “Isso não significa que se deixe de procurar”.

Imposto de terramoto origina polémica

As operações de resgate estão a ser ensombradas por uma polémica relacionada com aquilo a que a Turquia chama de “imposto de terramoto”. Algo que começou a ser cobrado depois do forte abalo de 1999 que provocou a morte a 17 mil pessoas. O gabinete do presidente Erdogan tem recebido muitas reclamações relacionadas com a falta de equipamento para atuar neste momento.

“Não é possível estar preparado para tal desastre”

Os 4,3 mil milhões de euros deveriam ter sido canalizados para prevenir futuros sismos. Bem como para financiar as equipas de resposta a emergências que trabalham depois dos sismos ocorrerem. “Este é um momento de unidade, solidariedade. Num período como este, não posso tolerar pessoas a realizarem campanhas negativas por interesse político. Não é possível estar preparado para tal desastre. Não deixaremos nenhum de nossos cidadãos descuidado”, disse Erdogan em resposta aos ataques da oposição.

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Texto: Bruno Seruca

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