Queimam Mercedes para receber dinheiro do seguro

Um homem, o filho e um vizinho incendiaram um Mercedes para receberem 62 mil euros do seguro.

Queimam Mercedes para receber dinheiro do seguro

Um chef de cozinha e o filho, proprietário do restaurante onde trabalha, no Porto, e um vizinho de ambos, todos de Espinho, foram acusados pelo Ministério Público (MP) de terem pegado fogo a um Mercedes para receberem o dinheiro do seguro. De acordo com o Jornal de notícias, vão responder por simulação de crime e burla relativa a seguros qualificada, entre outros crimes.

Em 2017, o empresário da restauração, a pedido do pai, fez um contrato de aluguer de longa duração para adquirir um Mercedes modelo E220 D Classic. O seguro que efetuou para a viatura, de 62.250 euros, cobria casos de roubo ou furto. Dois anos depois, o chef decidiu trocar de carro e comprou um Mercedez-Benz CLS 300d AMG, de 94.500 euros. Foi ao concessionário para abater o valor do seu carro na nova compra e foi informado que o valor da retoma seria de 41 mil euros, ao qual acrescia 8.700 euros para resolver o contrato de aluguer de longa duração. Feitas as contas, teria de pagar 53.500 euros.

Vizinho sugeriu incendiar carro

De acordo com o MP, o chef, apesar de discordar do valor atribuído ao Mercedes E220, acabou por fechar negócio e, em abril de 2019, foi de novo o filho a assinar o contrato. O veículo foi encomendado à fábrica e tinha entrega prevista para agosto. Mas, ainda no mesmo dia em que o negócio foi fechado, o chef falou a um vizinho, soldador de profissão, do seu descontentamento com o valor de retoma do carro. Foi durante esta conversa que o amigo lhe terá dado a sugestão de pegar fogo ao carro antigo, para reclamar o pagamento dos 62.250 mil euros do seguro, mais 20 mil euros do que a quantia oferecida pelo concessionário.

O homem aceitou a ideia e acertaram pormenores. Dirigiram-se a um caminho de terra batida e terá sido o dono a incendiar ao carro. Mais tarde, comunicou às autoridades que três homens armados lhe tinham roubado a viatura. Como titular do contrato, foi o filho do cozinheiro a solicitar a indemnização à seguradora que abriu uma investigação ao sinistro, tendo detetado a fraude e recusado pagar, apresentando a queixa que deu origem ao processo crime. No final, o carro foi mesmo comprado, mas pelos 94.500 euros que custava, sem descontos nem retoma.

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