Novos protestos em Espanha após assassinato de jovem homossexual
Manifestantes saíram no domingo novamente às ruas em várias cidades espanholas para exigir justiça após o assassinato de um jovem homossexual, espancado até à morte no fim de semana anterior.
Uma multidão reuniu-se em protesto pelo assassinato de um jovem homossexual numa praça central de Madrid, erguendo bandeiras arco-íris, representativas da comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgénero) e cartazes com a inscrição “Algumas pessoas são LGBTQ+. Vai ter de se acostumar!”. Miguel Serrano, de 22 anos, disse à agência France-Presse que se juntou às manifestações na capital de Espanha porque “poderia ter sido ele”, falando num “óbvio ataque homofóbico”, tendo em conta os “insultos que foram proferidos”.
Espancado e encontrado inconsciente à porta de uma discoteca
Protestos semelhantes ocorreram ao longo do fim de semana noutras cidades do país, incluindo Barcelona e Sevilha, uma semana depois de Samuel Luiz Muñiz, um assistente de enfermagem, de 24 anos, que nasceu no Brasil, ter sido espancado e encontrado inconsciente à porta de uma discoteca na cidade de Corunha, na Galiza. Os serviços de emergência médica não conseguiram reanimá-lo e acabou por morrer em 03 de julho, gerando uma série de manifestações e reações políticas por todo o país.
Jovem homossexual morreu com traumatismo craniano causado por pontapé na cabeça
De acordo com relatos da imprensa, os primeiros resultados da autópsia indicam que Samuel morreu devido a um traumatismo craniano causado por um pontapé na cabeça. A polícia espanhola já prendeu seis suspeitos, incluindo dois menores, desde o início da investigação, mas continua a manter “todas as hipóteses” em aberto e ainda não confirmou a existência de um crime homofóbico. O assassínio do jovem foi condenado pelo presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, que o classificou como “um ato selvagem e impiedoso” na rede social Twitter, acreditando que a polícia irá encontrar os autores do crime.
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“Se voltares vamos matar-te. Antes 50 anos de prisão do que uma filha lésbica” ou “antes uma filha viciada em drogas do que uma lésbica”, foram algumas mensagens que a jovem recebeu dos pais. (… continue a ler aqui)
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