Principal suspeito da morte de Mota Jr. diz que estava a jantar com a tia

João Luizo, o alegado mentor da morte de Mota Jr. diz que está inocente e quer provar em tribunal que, na noite do crime, estava a jantar com uma tia.

Principal suspeito da morte de Mota Jr. diz que estava a jantar com a tia

João Luizo, o alegado mentor da morte de Mota Jr., à pancada, a 14 de março de 2020, em Sintra, diz que está inocente e quer provar em tribunal que, na noite do crime, estava a jantar com uma tia e que fugiu para Inglaterra por temer pela vida, uma vez que estava a ser associado ao então ainda desaparecimento de David Mota.

No julgamento que teve início nesta segunda-feira, 29 de junho, João Luizo, Edi Barreiros, Fábio Martins e Catarina Sanches respondem pela cilada mortal para roubar o ouro que o rapper ostentava nos vídeos musicais e que venderam por 1600 euros. Os arguidos não falaram no início do julgamento, onde foram lidas as declarações prestadas após a sua detenção. Nestas, João Luizo diz que estava a jantar com a tia na noite do desaparecimento. Quanto à venda do ouro, diz que apenas estava a acompanhar um amigo, Simão Portugal, que se identificou nessa venda, numa ourivesaria do Barreiro.

Catarina Sanches defende-se

Em declarações ao JN, à saída do tribunal, Catarina Sanches, suspeita de ter sido o isco que atraiu Mota JR à cilada, negou. “Não foi o Luizo que me pediu para me aproximar do David, fi-lo porque gostava dele e nessa noite não sabia o que ia acontecer”. Diz que foi agredida à coronhada quando estava com a vítima e fugiu. O MP acredita que a jovem, de 21 anos, avisou Luizo dos movimentos de Mota Jr. na noite do crime.

O advogado do alegado mentor alega que não há provas. “Apenas há conversações na Internet de pessoas amigas do João que dizem que ouviram outros amigos do João dizer que o João disse”, afirmou António Jaime, ao JN. “A única responsabilidade que João tem nos autos, e que ele assumiu, é que apoiou um amigo na venda de ouro que agora se vê que foi furtado”. O processo tem duas testemunhas que incriminam diretamente Luizo: Vera Monteiro (ex-namorada da vítima e de Luizo, com quem esteve antes e depois da morte do rapper) e Simão, o jovem que deu o nome na venda do ouro roubado.

Ambos chegaram a ser arguidos mas foram ilibados e agora são testemunhas. Têm a possibilidade de, dada esta dupla condição, “não prestar declarações”, explica António Jaime.

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