PJ vai encetar esforços para protocolar acesso a outras bases de dados
A Polícia Judiciária (PJ) vai, a partir de setembro, encetar esforços para que o acesso a outras bases de dados possa ser protocolado, afirmou hoje o diretor nacional, defendendo que as mesmas são fundamentais para a investigação criminal.
A Polícia Judiciária (PJ) vai, a partir de setembro, encetar esforços para que o acesso a outras bases de dados possa ser protocolado, afirmou hoje o diretor nacional, defendendo que as mesmas são fundamentais para a investigação criminal. “Agora que já estamos a ficar um pouco mais confortados com a questão dos meios, formação e aquisições, é tempo de também tratarmos de outra matéria que é fundamental, que é o acesso a um conjunto de bases de dados que temos de protocolar para ter acesso a elas”, afirmou Luís Neves à margem do seminário ‘A missão da Polícia Judiciária’, promovido pela Universidade Portucalense, no Porto.
Em declarações aos jornalistas, o diretor nacional da PJ salientou que, a partir de setembro, vai encetar esforços para garantir o acesso a outras bases de dados, como as 23 bases de dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), e protocolar as que são legalmente possíveis.
Dizendo que esta é uma intenção, até já falada com algumas entidades envolvidas, Luís Neves assegurou que a mesma tem “mais do que pernas para andar” e acompanha os “congéneres a nível mundial”. “Nós precisamos da informação e de dotar a investigação desses meios. Não pode haver burocracias, não pode haver demoras”, observou, dizendo também que o tratamento dessa informação por parte dos investigadores da PJ pode ser fiscalizado.
“É simples, essa é uma questão que nem deveria ser questão, que já deveria estar resolvida e que vai ser resolvida”, afirmou.
A par do acesso a outras bases de dados, os próximos objetivos da direção nacional da PJ passam também por reforçar as áreas periciais com os meios tecnológicos necessários. “A polícia, com orçamento próprio e fundos europeus de segurança interna, está a apetrechar essa unidade, não só com mais profissionais, mas com valências de ‘hardware e software'”, disse Luís Neves, defendendo que Portugal “não pode ficar aquém dos meios que os seus congéneres dispõem”. “Não faz sentido, cada vez que temos uma dificuldade, temos de estar a pedir fora para se fazer”, acrescentou, lembrando que a par do investimento tecnológico, estão neste momento a terminar dois concursos que vão permitir alocar 65 peritos.
Ao mesmo tempo, Luís Neves destacou que, a partir de setembro e outubro, vão ser desencadeadas ações de formação generalizadas nas áreas do combate à corrupção e criminalidade económico-financeira, e do combate ao cibercrime. “Estas áreas continuam a ser prioridade face à avalanche de inquéritos, à sua dificuldade e sobretudo porque são de prioridade de política criminal e fixada pela Procuradora-Geral”, disse.
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