Pílula e tabaco são mais perigosos do que vacina da AstraZeneca
Por cada milhão de mulheres que tomam pílulas anticoncecionais são esperados 400 casos de tromboembolismo por milhão. Em 34 milhões de doses da AstraZeneca foram reportados 169 casos de trombose venosa.
O risco de sofrer de eventos tromboembólicos, como coágulos no sangue (trombose venosa), é muito superior nas mulheres que tomam pílulas anticoncecionais ou nos fumadores do que nas pessoas que receberam a vacina da AstraZeneca.
Na passada quarta-feira, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) fez a comparação com o intuito de explicar a segurança da vacina. Em cada 10 mil mulheres que tomam a pílula, são esperados quatro casos de tromboembolismo, ou seja, 400 casos por milhão.
Em 34 milhões de doses do imunizante da AstraZeneca foram reportados 169 casos de trombose venosa, o que se traduz em 4,9 casos por milhão. “É um evento muito raro, raríssimo. São tão poucos casos que não se consegue uma relação entre a vacina e a trombose”, explica ao CM Rui Nogueira, especialista em Medicina Geral e Familiar.
Recusar a vacina é injustificado
Por isso, justifica, continua a ser mais benéfico tomá-la do que recusar. “Todos os dias morrem pessoas em Portugal com tromboembolismo que nada tem de ver com vacinas. É muito mais frequente e perigosa a doença (covid-19) do que sofrer um evento destes derivado da vacina”, frisa.
O especialista estranha todo o ruído em torno dos efeitos adversos resultantes das vacinas, nomeadamente da AstraZeneca, que tem causado uma “perturbação incrível junto das pessoas”.
“É muito importante não atrasar a vacinação. Na última semana vacinaram-se muito menos pessoas que na semana anterior e isso não é plausível, devíamos era estar a acelerar para o dobro“, diz ainda.
“Temos de vacinar e tem de ser em abril e maio porque as pessoas já não estão em casa”, finaliza.
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