Peritos da ONU condenam uso excessivo de força pelas autoridades no Chile

Protestos decorrem há três semanas.

Peritos da ONU condenam uso excessivo de força pelas autoridades no Chile

Peritos das Nações Unidas em direitos humanos condenaram o uso excessivo de força por parte das autoridades no Chile, em resposta aos protestos que, nas últimas semanas, provocaram 20 mortos e cerca de 1600 feridos.

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«A violência nunca pode ser a resposta às reivindicações sociais e políticas das pessoas. O elevado número de feridos e a maneira como foram utilizadas as armas não letais parecem indicar que o uso da força foi excessivo e violou os requisitos de necessidade e proporcionalidade», lê-se num comunicado assinado pelos peritos.

Os especialistas manifestaram-se preocupados com as denúncias recebidas sobre o uso excessivo de força contra pessoas antes de serem detidas e abusos contra menores, incluindo maus-tratos e golpes que poderiam ser considerados tortura. Segundo as mesmas fontes, há informações sobre casos de violência sexual contra mulheres, homens e adolescentes, que incluem práticas como serem forçados a despir-se e violações durante a detenção.

«Mulheres e crianças têm participado ativamente nos protestos em curso e o Estado deve abordar as suas preocupações específicas em matéria de proteção», reclamaram os peritos, nomeados pelo Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) e que desempenham as suas funções de forma independente e a título pessoal.

Movimento do protesto no Chile já vai na terceira semana

Da mesma forma, também rejeitaram atos de violência cometidos por civis, mas recordaram que o Governo deve permitir que os protestos sejam realizados «isolando aqueles que recorrem à violência». Os representantes da ONU reuniram com as autoridades chilenas, com as quais discutiram «a sua vontade de perseguir e determinar as responsabilidades em casos de violações dos direitos humanos, cometidas particularmente por agentes do Estado».

Apesar de já terem sido anunciadas várias medidas sociais, o movimento de protesto no Chile já vai na terceira semana, tendo começado contra o aumento do preço do bilhete de metropolitano na capital, Santiago, e alargado rapidamente para uma série de outras reclamações de ordem social e política.

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