Saiba em que países o salário real anual mais caiu

Crescimento dos salários foi mais lento do que a inflação, reduzindo o poder de compra das famílias. Ou seja, o salário real caiu e, na prática, vamos ganhar menos do que em 2022.

Saiba em que países o salário real anual mais caiu

Os salários estão a subir, mas como não estão a acompanhar a inflação os salário real acaba por cair, com uma exceção na OCDE – a Hungria. Embora as negociações salariais possam ter resultado em aumentos salariais em vários setores neste ano de 2022, os aumentos gerais permanecerão em 2023 abaixo do aumento dos preços ao consumidor em muitos países, conforme confirmado pelos dados divulgados no último relatório macroeconómico da OCDE.

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A guerra na Ucrânia aumentou significativamente os preços, principalmente da energia, aumentando as pressões inflacionárias num momento em que o custo de vida já estava a escalar em todo o mundo. Como resultado, as condições financeiras globais apertaram substancialmente neste ano e as perspetivas para os mercados de trabalho permanecem incertas. Na maioria dos países da OCDE, o crescimento médio dos salários foi mais lento do que a inflação, reduzindo o poder de compra das famílias, apesar das medidas dos governos para mitigar o impacto do aumento dos preços dos alimentos e da energia.

Hungria é o único país da OCDE em que o salário real cresceu

Saiba em que países em que o salário real mais caiu
Saiba em que países em que o salário real mais caiu

– Hungria [2,547748353]
– Suíça [-0,02304556]
– Bélgica [-0,605704152]
– Noruega v-0,639308371]
– França [-0,768360003]
– Nova Zelêndia [-1,033532]
– Canadá [-1,248147113]
– Polónia [-1,469215379]
– Japão [-1,549559642]
– Austrália [-1,649310057]
– Coreia do Sul [-1,883093068]
– Irlanda [-2,002817538]
– Estados Unidos [-2,223096281]
– Reino Unido [-2,6544187]88
– Itália [-2,754262703]
Portugal [-2,817212013]
– Finlândia [-3,060678328]
– Dinamarca [-3,087500663]
– Letónia [-3,204757706]
– Israel [-3,231104389]
– Países Baixos [-3,358470628]
– Áustria [-3,838562957]
– Suécia [-3,899662147]
– Grécia [-4,233782158]
– Alemanha [-4,349882972]
– Espanha [-5,383179661]
– República Eslovaca [-6,123442321]
– Lituânia [-7,492241957]
– México [-8,002505669]
– Estónia [-8,038783031]
– Eslovénia [-8,573521498]
– República Checa [-8,940861277]

Em Portugal, passamos a ganhar menos 3% do que no ano passado

No infográfico abaixo, a Suíça é, por enquanto, uma das poucas grandes economias analisadas que parece ter sido poupada. Nos Estados Unidos da América, o declínio médio dos salários reais para toda a população – em todos os setores e níveis de rendimento – foi de pouco mais de 2% em relação ao ano anterior, no terceiro trimestre de 2022.

Na Europa, Alemanha e Espanha tiveram uma queda ainda mais pronunciada no poder de compra, com o salário real a cair pouco mais de 4% e de 5%. Vários fatores explicam as diferenças entre os países, como a exposição à inflação, mas também as medidas de proteção social. Em Portugal, de acordo com a OCDE, a queda foi de 2,8%. Ou seja, em 2023 passaremos a ganhar, verdadeiramente, quase menos 3% do que em 2022.

Infographic: Where Real Wages Are Falling Most Sharply | Statista

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