Padre acusado de abusar de menor apanhado a conduzir alcoolizado

Submetido ao teste de alcoolemia, o padre Luís Miguel Costa acusou uma taxa de 2,461 g/l, praticamente cinco vezes mais do que o máximo permitido por lei.

Padre acusado de abusar de menor apanhado a conduzir alcoolizado

O padre Luís Miguel Costa, acusado de tentativa de coação sexual e aliciamento de um menor para fins sexuais, durante um convívio numa adega em Viseu, foi apanhado a conduzir com uma taxa-crime de 2,461 g/l de álcool no sangue, quase cinco vezes mais do que o permitido por lei. O sacerdote está em liberdade, mas sujeito a apresentações quinzenais às autoridades. Foi quando se ia apresentar ao no posto da GNR de São Pedro do Sul, no distrito de Viseu, quando tudo aconteceu. Foi visto a cambalear e os militares realizaram-lhe o teste. “Sou padre e estive a celebrar uma missa na minha residência e ingeri um pouco de álcool do cálice”, justificou no momento do teste de alcoolemia. O Ministério Público pede uma coima de 600 euros e ficou desde já proibido de conduzir durante sete meses.

«Quero chupar-te»

Quero chupar-te“, foi uma das 13 mensagens que o Luís Miguel que enviou ao menor, na altura com 13 anos, durante um almoço que aconteceu na adega do agora vice-presidente da Câmara de Viseu, João Paulo Gouveia, dá conta o Ministério Público.  Apesar de não ter sido convidado, apareceu para, alegadamente, comprar uma garrafa de vinho, e, por ser figura conhecida e respeitada da cidade, acabou por se juntar ao convívio. Pouco depois de se sentar ao lado do menor, disse estar muito barulho e pediu ao rapaz que escrevesse o número de telemóvel num guardanapo para falarem sem interrupções. O menor acedeu ao pedido e de imediato começaram as conversas. “Psiu”, terá enviado o pároco. Como não obteve resposta, repetiu a mesma mensagem.

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Padre terá tentado apalpar e beijar menor

De acordo com a acusação, posteriormente convidou a vítima a ir ter consigo para lhe mostrar uma coisa, tendo esta recusado. Perante a insistência, o jovem acabou por aceitar encontrar-se na casa de banho, perguntando ao pai onde era. O progenitor acompanhou-o e entrou primeiro. O rapaz ficou à espera no corredor, onde já estava o padre e foi aí que tudo aconteceu.

“O arguido aproximou-se do jovem, colocou o braço dele na zona da anca do menor, puxando-o para junto de si e aproximou os seus lábios aos dele para o beijar, pelo que o menor, apercebendo-se do propósito do arguido, desviou rapidamente a cara para o lado, evitando assim que o arguido o beijasse na boca”, dá conta o MP. A defesa do menor pede pelo menos 30 mil euros de indemnização, pelos danos graves causados ao rapaz, que teve de recorrer a ajuda psicológica. Depois do crime, diz a advogada, o jovem andou revoltado, nervoso, pesaroso e ansioso. “Os danos não patrimoniais são graves e efetivos e possivelmente repercutir-se-ão por toda a vida”, ​​​​​​​sustenta.

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