Oficial de Justiça agredida por arguido no Tribunal de Matosinhos

Uma mulher foi agredida por arguido no corredor de acesso às salas de audiência, no Tribunal de Matosinhos. A agressão deu-se estar tarde e o homem foi detido no local.

Oficial de Justiça agredida por arguido no Tribunal de Matosinhos

Uma oficial de Justiça do Tribunal de Matosinhos foi agredida na tarde de terça-feira, 28 de janeiro, por um homem que estava a ser julgado pelo crime de maus tratos a animais. O agressor, que estaria a tirar fotografas às testemunhas, não gostou de ser chamado à atenção e, depois de lhe ter sido retirado o telemóvel pelos seguranças, não terá controlado a ira e agrediu a funcionária do tribunal.

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O alerta para o sucedido deu-se por volta das 16 horas, no corredor de acesso às salas de audiências. Segundo o JN, um dos seguranças conseguiu tirar o telemóvel ao indivíduo, de nacionalidade ucraniana, e entregou-o à guarda da funcionária judicial quando foi chamar um agente da PSP. Foi nesta altura, que o arguido terá agredido a funcionária, deixando-a com «arranhões e hematomas nos braços», segundo o jornal. O homem foi detido no local e levado para as celas da esquadra da PSP da Bela Vista, no Porto. Amanhã será presente o juiz para saber as medidas de coação.

Tribunais sem segurança?

Este caso dá-se apenas 12 dias depois de um juiz de instrução criminal ter decretado prisão preventiva para um mulher pós agressão a uma juíza e a uma procuradora do Ministério Público, neste mesmo tribunal, em Matosinhos. Nesta altura, o  o secretário da direção da Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJ), Maximiano Vale manifestou o seu receio de que situações desta violência se banalizassem. «Há tribunais que pontualmente dispõem dessas ferramentas [de segurança], mas a maioria não. Isto é algo transversal não só à justiça, mas, como temos assistido recentemente, às áreas da saúde e da educação«, referiu à Lusa a Direção regional do Norte da ASJ, acrescentando: «Os serviços públicos que prestam serviços de relevância muitas vezes lidam com interesses que podem gerar situações conflituantes. Impõe-se uma atenção especial de todos para evitar que estas situações se banalizem».

Texto: Carla S. Rodrigues

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