Mulher espancada em horta comunitária por alegado roubo de cebolas

Clarinda Silva foi brutalmente agredida após ser acusada de ter roubado cebolas. “Deu-me um soco com uma soqueira e meio que perdi os sentidos”.

Uma mulher de 48 anos foi brutalmente agredida no rosto e no corpo, na tarde da passada quinta-feira, numa horta comunitária no bairro da torre, em Cascais. Na sequência das agressões, Clarinda Silva foi transportada para o Hospital de Cascais onde recebeu alta algumas horas depois. A agressora, dona da horta comunitária, agrediu-a após esta ter ficado a tomar conta da propriedade. O conflito aconteceu quando a agressora culpou a vítima de roubar cebolas que faziam parte da horta comunitária. “Já vem do ano passado, quando a senhora viajou para Angola e entregou a horta a uma vizinha”, começa por explicar Clarinda em declarações à SIC.

“Eu falhei com o filho, o Zeca, e disse-lhe: ‘Não sei quando vem a tua mãe, mas é uma pena as cebolas não serem apanhadas, vão acabar por se estragarem. E ele disse ‘a minha mãe tinha dito que quando viesse, ela apanhava, Mas se a vizinha me ajudar, nós apanhamos’. Combinámos para a manhã seguinte… eu fui mas ele não apareceu e eu levei-as para casa”, prossegue. “Onde é que estão as cebolas?”, perguntou Zeca. Ao que Clarinda respondeu que estavam em casa. O homem disse então que passaria mais tarde para as recolher, garante a vítima. “Nunca apareceu até ao dia que a mãe chegou.”

«Parecia um touro bravo»

O confronto deu-se na horta após um primeiro bate-boca. “Parecia um touro bravo”, lembra Clarinda. “A Susana [a agressora] dá-me logo um estalo. Ela bateu o que quis. Quando me põe a mão no pescoço, tinha que me defender. Atirei-a ao chão e comecei-lhe a bater. Ouvi uns passos a vir a correr, era o Zeca. Deu-me um soco com uma soqueira e meio que perdi os sentidos. Ainda assim, levei vários pontapés. Depois foram-se todos embora e deixaram-me ali sem sentidos no chão”.

Fotos: Reprodução SIC

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