Mulher de João Rendeiro em prisão domiciliária com pulseira eletrónica

A mulher de João Rendeiro, suspeita de crimes ligados às obras de arte do ex-banqueiro do BPP, João Rendeiro, vai ficar em prisão domiciliária com vigilância eletrónica, decidiu hoje o Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa.

Mulher de João Rendeiro em prisão domiciliária com pulseira eletrónica

A mulher de João Rendeiro, suspeita de crimes ligados às obras de arte do ex-banqueiro do BPP, João Rendeiro, vai ficar em prisão domiciliária com vigilância eletrónica, decidiu hoje o Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa. Maria de Jesus Rendeiro, detida na quarta-feira, viu ser-lhe aplicada esta medida de coação privativa da liberdade após o tribunal considerar existir perigo de fuga, perigo de perturbação do inquérito/investigação e perigo de continuação da atividade criminosa, indica uma nota do TIC.

Segundo a mesma informação divulgada esta noite pelo Tribunal, a mulher de João Rendeiro viu ainda ser-lhe aplicada como medida de coação a proibição de contactar com o presidente da Antral, Florêncio de Almeida e com filho deste. O tribunal confirma que a arguida é suspeita dos crimes de descaminho, desobediência, branqueamento de capitais e de crimes de falsificação de documento.

Maria do ex-banqueiro era fiel depositária dos quadros arrestados

Maria de Jesus Rendeiro foi detida no âmbito da operação D’Arte Asas dirigida pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal e executada pela Polícia Judiciária. A mulher de João Rendeiro era fiel depositária dos quadros arrestados ao ex-banqueiro, considerando o tribunal que esta sabia das falsificações e do desvio das obras. O antigo presidente do Banco Privado Português (BPP) João Rendeiro, condenado no final de setembro a três anos e seis meses de prisão efetiva num processo por burla qualificada, está em parte incerta após ter fugido à justiça.

O colapso do BPP, banco vocacionado para a gestão de fortunas, aconteceu em 2010, já depois do caso BPN e antecedendo outros escândalos na banca portuguesa. O BPP originou vários processos judiciais, envolvendo burla qualificada, falsificação de documentos e falsidade informática, bem como processos relacionados com multas aplicadas pelas autoridades de supervisão bancária.

 

 

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