Ministro da Defesa de Moçambique alerta jovens para falsos empregos em Cabo Delgado

O ministro da Defesa de Moçambique pediu hoje que os jovens “não se deixem enganar” por falsas promessas de emprego, alertando que os “enganados” estão a morrer em Cabo Delgado, província aterrorizada por ataques armados há cinco anos.

Ministro da Defesa de Moçambique alerta jovens para falsos empregos em Cabo Delgado

Ministro da Defesa de Moçambique alerta jovens para falsos empregos em Cabo Delgado

O ministro da Defesa de Moçambique pediu hoje que os jovens “não se deixem enganar” por falsas promessas de emprego, alertando que os “enganados” estão a morrer em Cabo Delgado, província aterrorizada por ataques armados há cinco anos.

“Jovens não se deixem enganar. Muitos dos nossos irmãos enganados estão a morrer em Cabo Delgado vítimas da guerra porque acreditaram que iam ter emprego”, disse Cristóvão Chume, durante a cerimónia de lançamento do recenseamento militar em Malema, na província de Nampula, norte de Moçambique.

Segundo o governante, os jovens enganados com promessas de emprego “estão a ser levados para Cabo Delgado para fazerem parte dos terroristas” e chegados à província são “obrigados a matar e a destruir o património” moçambicano.

O ministro da Defesa de Moçambique pediu ainda que os jovens adiram ao recenseamento militar, que decorre desde terça-feira e até 28 de fevereiro, referindo que é da sua responsabilidade defender a “soberania e integridade territorial”.

“Não esperem que venham cidadãos de outras nações para defenderem a nossa soberania e integridade territorial porque o país é nosso”, frisou Cristóvão Chume.

O Ministério da Defesa de Moçambique espera recensear 221.140 jovens este ano, mais do que os 220 mil recenseados em 2022.

A província de Cabo Delgado enfrenta há cinco anos uma insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

A insurgência levou a uma resposta militar desde julho de 2021 com apoio do Ruanda e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto aos projetos de gás, mas surgiram novas vagas de ataques a sul da região e na vizinha província de Nampula.

O conflito já fez um milhão de deslocados, de acordo com o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED.

LYN // VM

By Impala News / Lusa

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