
Ministro da Defesa de Moçambique alerta jovens para falsos empregos em Cabo Delgado
“Jovens não se deixem enganar. Muitos dos nossos irmãos enganados estão a morrer em Cabo Delgado vítimas da guerra porque acreditaram que iam ter emprego”, disse Cristóvão Chume, durante a cerimónia de lançamento do recenseamento militar em Malema, na província de Nampula, norte de Moçambique.
Segundo o governante, os jovens enganados com promessas de emprego “estão a ser levados para Cabo Delgado para fazerem parte dos terroristas” e chegados à província são “obrigados a matar e a destruir o património” moçambicano.
O ministro da Defesa de Moçambique pediu ainda que os jovens adiram ao recenseamento militar, que decorre desde terça-feira e até 28 de fevereiro, referindo que é da sua responsabilidade defender a “soberania e integridade territorial”.
“Não esperem que venham cidadãos de outras nações para defenderem a nossa soberania e integridade territorial porque o país é nosso”, frisou Cristóvão Chume.
O Ministério da Defesa de Moçambique espera recensear 221.140 jovens este ano, mais do que os 220 mil recenseados em 2022.
A província de Cabo Delgado enfrenta há cinco anos uma insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.
A insurgência levou a uma resposta militar desde julho de 2021 com apoio do Ruanda e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto aos projetos de gás, mas surgiram novas vagas de ataques a sul da região e na vizinha província de Nampula.
O conflito já fez um milhão de deslocados, de acordo com o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED.
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By Impala News / Lusa
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