Menina de sete anos morre desidratada depois de ser detida na fronteira dos EUA

Menina veio de Guatemala numa caravana de migrantes com mais 163 pessoas. Ficou detida na fronteira dos EUA sem comer nem beber água durante vários dias.

Menina de sete anos morre desidratada depois de ser detida na fronteira dos EUA

Uma menina de sete anos morreu de desidratação, depois de ter sido detida, no dia 6 de dezembro, na fronteira dos Estados Unidos. A criança vinha numa caravana com o pai e mais 163 pessoas. Terá ficado sem comer, nem beber durante vários dias.

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Segundo o Washington Post, a menina, cujo nome não foi revelado, nasceu na Guatemala e terá sido detida ao tentar atravessar ilegalmente a fronteira entre o México e os EUA. A detenção foi feita pela U.S. Customs and Border Protection (CBP), os serviços de proteção fronteiriça dos EUA.

O caso ficou conhecido na quinta-feira, dia 13 de dezembro, pelo jornal americano.

Menina morre de desidratação

De acordo com a CBP, a menor terá tido convulsões às 06:25, no dia 7 de dezembro. Foi rapidamente socorrida pelos paramédicos. Os profissionais afirmaram que a temperatura corporal da menina era 40,9 graus celsius.

Transportada de helicóptero para um hospital pediátrico, em El Paso, a criança acabou por entrar em paragem cardíaca.

«A criança não recuperou e morreu no hospital menos de 24 horas depois de ter dado entrada», afirmou o serviço fronteiriço ao Washington Post.

A causa da morte da menina terá sido desidratação por não ter «comido nem bebido água durante vários dias». Segundo testemunhas, a menor não terá recebido nem água, nem alimentos durante as oito horas em que esteve detida, nos EUA.

O pai continua em El Paso à espera de uma reunião com as autoridades consulares de Guatemala, que estão a investigar o caso para apurar responsabilidades.

CBP apresenta condolências à família

«Os agentes da CBP tomaram todas as medidas possíveis para salvar a vida da criança sob as circunstâncias mais difíceis», disse o porta-voz da CBP Andrew Meehan. «Como pais e mães, irmãos e irmãs, sentimos a perda de qualquer criança.»

Porém, a ACLU (União Americana pelas Liberdades Civis), acusou a CBP de ter «uma cultura de crueldade e de falta de responsabilidade».

«O facto de ter demorado uma semana a saber-se isto mostra que é preciso haver mais transparência. Apelamos a uma investigação rigorosa sobre esta tragédia e à aprovação de reformas para se prevenir futuras mortes», afirma a responsável da ACLU pela imigração, Cynthia Pompa.

Morte de crianças nos serviços fronteiras dos EUA

Juárez e a filha Mariee, de dois anos, procuraram entrar de forma irregular nos EUA, em março deste ano. Acabaram por ser detidas e enviadas para o centro do ICE em Dilley, no Estado do Texas.

Depois de ficar sob custódia, Mariee adoeceu, ficando com febre superior a 38 graus, congestão, diarreia e vómitos.

Apesar desta situação, uma enfermeira deu alta à criança poucos dias depois e autorização para viajar. Juárez e a filha mudaram-se para Nova Jérsia, depois de terem sido libertadas pelas autoridades.

Porém, a criança não recuperou e faleceu em 10 de maio, num hospital pediátrico de Filadélfia, por insuficiência respiratória continuada.

Desde meados de outubro, milhares de refugiados da América Central viajaram em caravana até chegarem à fronteira mexicana com os Estados Unidos. Lá esperam conseguir pedir asilo.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já ameaçou fechar toda a fronteira com o México e mobilizou milhares de militares para a região para conter qualquer tentativa de entrada ilegal no país.

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Texto: Redação WIN - Conteúdos Digitais

 

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