Menina de 8 anos que viu Rhuan Maycon ser morto pela mãe aceita ir viver com o pai

A menina de oito anos estava há 15 dias num abrigo de Taguatinga e, após acompanhamento psicológico, aceitou viajar com a família. A mãe está presa pelo homicídio e tortura do enteado, o pequeno Rhuan.

Menina de 8 anos que viu Rhuan Maycon ser morto pela mãe aceita ir viver com o pai

A menina de 8 anos que estava na casa onde Rhuan Maycon foi morto e esquartejado pela mãe voltou ao Acre –onde chegou a viver com o pai – este sábado dia 15. A menina, cujo nome não foi divulgado, esteve 15 dias num abrigo de Taguatinga, sob proteção do Conselho Tutelar.

A menina, que presenciou o crime mas não ficou ferida, viajou com o pai, Rodrigo Oliveira, de 29 anos, com quem não tinha contacto há vários anos. Os custos das viagens foram asseguradas pelo governo do Distrito Federal. Rodrigo chegou a Brasília, perto da filha, dois dias após o crime mas não lhe foi permitido levar a menina de imediato.

A autorização só foi concedida quando a criança falou com assistentes sociais e psicólogos e garantiu  que gostaria de conviver com o pai, que não via há cinco anos.

O pai da menina revelou à polícia que a filha estava desaparecida desde 2014, quando Kacyla e Rosana fugiram do Acre, altura em que levaram também a menina e Rhuan. As crianças só foram localizadas após o crime.

A conselheira tutelar Cláudia Regina Carvalho disse ao site G1 que, de início, a menina não quis voltar a conviver com o pai, «devido à alienação parental e o tempo sem se ver». Mais tarde aceitou conhecer a restante família e viver com eles.

«Com as visitas diárias e conversas, ela [a menina] aceitou viajar. Em todo momento respeitamos a vontade dela.»

No início do mês, Rodrigo contou à mesma publicação que a última vez que teve notícias da filha foi em 2017, através de uma foto numa rede social. O homem disse ainda ter tido uma relação de oito meses com Kacyla e depois da gravidez estiveram juntos mais quatro anos. Nessa altura, Rodrigo diz ter conseguido a guarda da menina pois a mãe a maltratava. Foi sensivelmente na mesma altura que Kacyla conhecer Rosana e fugiram com as respetivos filhos.

A morte horrenda de Rhuan

O corpo de Rhuan Maycon foi encontrado esquartejado dentro de uma mala deixada na madrugada de 1º de junho. O menino foi morto pela própria mãe, Rosana Cândido e a companheira dela, Kacyla Pryscila. Estavam ambas em casa quando a polícia chegou.

Vão responder por homicídio qualificado, tortura, ocultação de cadáver, lesão corporal gravíssima e fraude processual – uma vez que tentaram limpar o local do crime. Podem apanhar pena de prisão de 57 anos.

«A forma de execução da criança foi cruel», afirmou o delegado-adjunto da 26ª DP, Guilherme Melo, que coordenou o caso.

«Rhuan Maycon levou 11 facadas, sendo que duas atingiram o coração», afirmou.

Os golpes de faca foram deferidos pela própria mãe enquanto a companheira o segurava. A mãe disse que sentia ódio e nenhum amor pela criança.

LEIA MAIS

Português assassinado por 4 adolescentes em Londres

Menino oferece recompensa a quem encontrar o telemóvel onde guarda lembranças da mãe

Previsão do tempo para quarta-feira, 19 de junho

Impala Instagram


RELACIONADOS