Maus-tratos levam mulher a tribunal por deixar cães de “ex” à fome e à sede

A mulher está acusada de crime de maus-tratos a animais de companhia pelo Ministério Público de Vila Verde por deixar quatro cães do ex-companheiro à fome e à sede.

Está formalmente acusada, mais de uma no após a denúncia, uma mulher de Cervães por quatro crimes de maus-tratos a animais de companhia. A arguida, agora acusada pelo Ministério Público de Vila Verde, terá de responder perante a Justiça por maltratar quatro cães que pertenciam ao ex-companheiro. A mulher mantinha os animais num quintal e não lhes dava comida nem água e nem lhes limpava as fezes.

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Maus-tratos denunciados pela Associação de Defesa dos Animais e do Ambiente de Vila Verde

Em março de 2019, após denúncia, a GNR encontrou e resgatou os animais, que se encontravam gravemente subnutridos. Os cães não terão morrido à fome e à sede por intervenção dos vizinhos, que os alimentavam às escondidas. O caso foi conhecido em 3 de março de 2019, depois de denúncia da Associação de Defesa dos Animais e do Ambiente de Vila Verde à GNR. O cães foram encontrados «subnutridos, maltratados, com sinais de abandono, sem água nem comida e a carecer urgentemente de tratamento veterinário», prestado de imediato, logo após a denúncia.

Arguida «só dava de comer a um deles», que lhe pertencia, deixando os outros à fome e à sede

Christen Feteira, de 30 anos, natural do Luxemburgo, afirmou às autoridades que apenas um dos cinco animais era dela e que os outros quatro pertenciam ao ex-companheiro, emigrado dois meses antes. De acordo com a acusação do Ministério Público, a mulher «só dava de comer a um deles», que lhe pertencia. «Com base no senso comum e nas práticas do dia a dia», a acusação arquivou o processo na parte que dizia respeito ao ex-companheiro, por acreditar que o homem estaria à espera de que, «como combinado», a arguida tomaria conta dos animais.

Veterinário constatou o «estado de subnutrição, desidratação e doenças de pele» dos cães

A mulher «alheou-se dos quatro animais, pois não lhes dava comida nem água, não os lavava nem recolhia as fezes», lê-se na acusação do MP. «Eram os vizinhos, condoídos pelos bichos, que introduziam gamelas com comida e água por baixo da rede do quintal, onde dormiam ao relento.» Depois de interrogar a arguida, a GNR levou os animais a um veterinário, que constatou o «estado de subnutrição, desidratação e com doenças de pele». Um deles apresentava «uma grave lesão num dente por ter ficado com um osso preso», sem que «a dona tivesse tido o cuidado de o retirar».

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