Luís Montenegro acredita que vai vencer mas salienta que política afetou vida familiar

O deputado do PSD – que concorre à liderança do partido – mostrou um lado mais pessoal e revela como a carreira política interfere na vida pessoal.

Luís Montenegro acredita que vai vencer mas salienta que política afetou vida familiar

O candidato à liderança do PSD, Luís Montenegro, marcou presença n’O Programa da Cristina, da SIC, esta sexta-feira, 20 de dezembro, e mostrou o seu lado divertido ao cantar a música Sonhos de Menino, ao lado de Tony Carreira. «Gosto muito de conviver com os meus amigos. Normalmente, quando estamos mais animados, fazemos assim umas brincadeiras e eu alinho», refere o antigo líder parlamentar.

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Descontraído, Montenegro percorreu a estrada da memória e falou sobre a sua vida pessoal. «No dia a dia estamos mais concentrados no combate político. Estamos num combate interno e é uma altura quente na Assembleia da República», refere, sobre a atitude mais «séria» que, nas palavras de Cristina Ferreira, aparenta ter.

«Os pais tinham algum sonho para o menino Luís», pergunta a apresentadora. «Acho que o único sonho que eles não tinham era que fosse para a política», conta.

Questionado sobre o motivo pelo qual enveredou pelo Direito, explica: «Nunca quis outra coisa. O meu avô materno era licenciado em Direito, o meu pai também se licenciou em Direito e desde miúdo que nunca quis ser mais nada. O meu grande sonho era tirar o curso de Direito e ser advogado. A minha mãe é licenciou-se em Economia.»

Exposição de Luís Montenegro afeta os filhos: «A nossa vida não foi muito fácil»

O antigo líder parlamentar é casado e tem dois filhos, de 18 e 14 anos. Questionado sobre se os filhos sofrem com a exposição mediática, confessa que sim. «Sofrem. Agora menos, porque têm um grau de compreensão maior. Quando eram mais novos, havia uma pressão muito grande. Até tive que os proteger nesse sentido. A nossa vida não foi muito fácil. Quando vim para a Assembleia da República, o meu filho mais novo tinha um ano e quando o mais novo nasceu, eu já estava em Lisboa», esclarece, salientando que optou por manter a base familiar em Espinho, por ter uma maior suporte.

Apesar de durante a infância dos filhos ter de se dividir entre Lisboa e o Porto, Luís Montenegro afirma que não se culpa, mas que tem consciência das dificuldades que criou do ponto de vista familiar. O progenitor do deputado morreu em 2011, e é com emoção que o deputado o recorda:

«Faz falta porque era uma fonte de inspiração, um bom avaliador. Como disse, os meus pais nunca me instigaram a ir para a vida política. O meu pai não gostava muito inicialmente, mas sei que ele tinha orgulho.»

«Tenho certeza convicta de que vou ganhar»

O debate que colocou Rui Rio, Luís Montenegro e Miguel Pinto Luz – ambos candidatos à liderança do Partido Socialista Democrata – frente a frente não foi «bonito para o partido», nas palavras do atual líder social democrata.

«Saí [do debate] com um sentimento de que tinha tentado ser o mais esclarecedor possível. Quem viu o debate percebeu quem conduziu o debate para essa área», conta.

Sobre as eleições para a presidência do PSD, marcadas para dia 11 de janeiro, Luís Montenegro assegura: «Tenho a certeza convicta de que vou ganhar. Todos os dias vou ter com os militantes do PSD e tenho muitas pessoas que me encontram na rua e que me dão conselhos, dicas. Estou muito entusiasmado, creio que a alma e a chama da PSD está a revibrar com esta campanha. O país precisa de uma alternativa, tem de haver uma outra face que se possa confrontar democraticamente, mas eu respeito os nossos adversários políticos.»

Na eventualidade de uma derrota, o deputado garante «não ter problemas com isso». «Sou uma pessoa feliz. Sou um privilegiado por ter feito sempre aquilo que gostava, apesar de ter passado por muitas dificuldades. Houve momentos em que estava sozinho, foram anos de luta», assume.

«Ser candidato à liderança do PSD, é ser candidato a primeiro-ministro», como diz e é esse o seu objetivo. Se o concretizar, fica a promessa de regressar ao matutino da SIC e cozinhar o seu arroz de cabidela.

Texto: Sílvia Abreu

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