Lisa Montgomery, uma cidadã norte-americana de 52 anos, foi executada por injeção letal durante a madrugada desta quarta-feira no complexo prisional de Terre Haute, no estado do Indiana, nos Estados Unidos. O óbito foi declarado à 01h30, hora local. Lisa Montgomery é a primeira mulher a ser executada pelo governo norte-americano desde 1953.

A mulher foi condenada à morte por ter sufocado uma grávida até à morte e por depois lhe ter realizado uma cesariana, tirando-lhe o bebé do útero e tomando-o como seu durante uma disputa pela custódia dos seus filhos. O caso aconteceu em 2004.

Lisa Montgomery conduziu cerca de 274 km desde a sua casa no Kansas até à casa de Bobbie Jo Stinnett, uma criadora de cães de 23 anos que morava em Skidmore, Missouri, dando como desculpa querer adquirir um novo animal. A homicida sufocou Bobbie com recurso a uma corda e usou uma faca para realizar a cesariana. Depois fugiu do local com a bebé prematura. Buscas realizadas ao seu histórico do computador mostraram que tinha pesquisado sobre como fazer cesarianas.

O advogado de Lisa argumentou que a sua cliente sofreu “tortura sexual” enquanto criança, inclusive violações colectivas, o que terá dado origem aos problemas de saúde mental que correm na sua família. No dia 5, um juiz do Indiana travou a execução devido às provas que apontam que Montgomery não conseguiria compreender as razões para a sua morte. Na mesma altura, um tribunal norte-americano adiou a morte para depois da saída de Donald Trump da Casa Branca. Contudo, o Supremo Tribunal decidiu a favor da execução da sentença na quarta-feira.

Lisa Montgomery foi a 11.ª prisioneira a receber a injeção letal desde julho de 2020.

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