Madalena tem 13 anos e é repetidamente agredida por colegas em escola da Lousã

Madalena, de 13 anos, foi agredida duas vezes esta semana na Escola Secundária da Lousã. A vítima foi mandada para casa e as agressoras não sofreram nenhuma punição.

Madalena, de 13 anos, foi agredida esta terça-feira, dia 29 de janeiro, por um grupo de estudantes da Escola Secundária da Lousã. Segundo a mãe da jovem, os episódios de violência verbal e física continuaram – o último aconteceu esta quarta-feira, dia 30 – e as agressoras, com idades entre os 15 e os 16 anos, não sofreram qualquer tipo de punição.

«Soube que a minha filha Madalena tinha sido agredida através do meu filho mais velho», conta a mãe da vítima, Ana Lagartinho. Madalena estava rodeada por um grupo de jovens. Duas adolescentes ter-lhe-ão agarrado nos braços enquanto outra lhe batia. A vítima ligou para o irmão a pedir ajuda. O jovem, de 18 anos, que não frequenta a mesma escola, alertou de imediato a progenitora.

As agressões aconteceram dentro do recinto da Escola Secundária da Lousã e a mãe de Madalena não recebeu qualquer contacto do estabelecimento a avisar sobre o sucedido. Ana Lagartinho, conta, não sabe se haviam auxiliares por perto no momento das agressões, mas queixa-se da falta de funcionários na escola para darem apoio aos alunos.

Madalena é vítima de bullying desde setembro do ano passado, afirma a mãe. Apesar de não revelar muitos pormenores da sua rotina na escola, a jovem chegou a dizer à mãe que por vezes lhe chamavam nomes dentro e fora do estabelecimento de ensino. Ana Lagartinho tentou relativizar a situação dizendo para a filha não dar importância e não se envolver em confrontos.

A primeira agressão física terá ocorrido fora da escola. A partir daí a violência verbal a que Madalena é sujeita não parou. Desde momentos de humilhação, a mensagens com ameaças. A mãe da jovem falou com o diretor de turma, mas até então, nada tinha sido feito. Até esta última semana. No espaço de dois dias, Madalena foi repetidamente agredida e vítima de ameaças.

«A jovem que lhe bateu disse-lhe que ‘isto não ficava por aqui’», afirma a mãe.

Apesar de não ter escoriações, Madalena queixa-se com dores. As agressões foram de tal modo violentas, que a vítima ficou com parte da unha de gel da agressora presa no cabelo.

«Não vou ficar quieta»

O diretor da escola já foi informado do assunto através da mãe de Madalena. «Fizemos a participação à direção da escola e, quarta-feira, eu e a minha filha vamos ser presentes ao diretor para contar tudo o que se passou», explica.

O Portal de Notícias Impala contactou a Escola Secundária da Lousã que revelou que não estar disponível para prestar declarações, dizendo estar «em reunião».  Contactámos a GNR da Lousã que nos informou que foi realizado um relatório sobre a agressão. A investigação procederá se, neste caso, a Ana Lagartinho pretender avançar com a queixa.

«Se a escola não resolver a situação, vou seguir com queixa na GNR», diz a mãe de Madalena. A vítima não quer ir para a escola, não revela muitos pormenores sobre o assunto e vai começar a ser acompanhada por um psicólogo.

Desde então, a mãe da vítima tem acompanhado a filha todos os dias ao portão da escola, onde se encontram as agressoras à espera de Madalena. «A minha vida agora é adaptada em função da Madalena. Tenho de a levar e pôr todos os dias à escola.»

«Não vou ficar quieta», afirma Ana Lagartinho, acrescentando que, em última instância, «mudo a minha filha de escola».

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Texto: Jéssica dos Santos | Fotos: Facebook

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