Filho de Bolsonaro: «diplomacia sem armas é como música sem instrumentos»

Eduardo Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro, manifestou-se hoje numa audiência da Comissão de Relações Exteriores da câmara baixa parlamentar do país.

Filho de Bolsonaro: «diplomacia sem armas é como música sem instrumentos»

Eduardo Bolsonaro, filho do Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, defendeu esta quarta-feira, 14 de agosto, que «diplomacia sem armas é como música sem instrumentos» numa audiência da Comissão de Relações Exteriores da câmara baixa parlamentar do país. «Diplomacia e defesa são faces da mesma moeda. Instrumentos de exercício da soberania nacional e da garantia da autonomia no nosso relacionamento externo. Não por acaso essa Casa [câmara baixa parlamentar] resolveu unir os temas afetos à diplomacia e à defesa numa única comissão à qual tenho orgulho de presidir», afirmou.

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Filho de Bolsonaro na embaixada do Brasil em Washington, mas sem experiência em diplomacia

O deputado citou Frederico II, rei da Prússia no século 18, afirmando que «diplomacia sem armas é como música sem instrumentos». Eduardo Bolsonaro é deputado federal e foi indicado pelo pai para assumir a embaixada do Brasil em Washington, capital dos Estados Unidos. A indicação do filho do Presidente brasileiro já foi aprovada pelo Governo norte-americano.

A nomeação, porém, tem gerado reações negativas e polémicas no Brasil porque Eduardo Bolsonaro não tem experiência na área da diplomacia. Críticos dizem que a escolha é um ato de nepotismo. A lei brasileira determina que o Presidente tem o poder de escolher quem considerar adequado para ocupar o cargo de embaixador, mas as indicações precisam ser aprovadas pelo Senado (câmara alta parlamentar), que tem poder de veto.

Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público proíbe nepotismo no Governo

Enquanto Eduardo Bolsonaro discursava, a Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da câmara baixa parlamentar brasileira aprovou uma proposta que proíbe o nepotismo no Governo. Segundo informações divulgadas pelo portal daquela casa parlamentar, o texto aprovado trata a prática como um ato de improbidade administrativa e fixa pena de prisão de três meses a um ano para quem não cumprir a regra.

A lei em discussão inclui nomeação de parentes, esposa ou marido na administração pública incluindo a nomeação de embaixadores, mas deixou de fora as nomeações para cargos políticos, como os de ministro ou secretário estadual. O projeto será analisado agora pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da câmara baixa parlamentar do Brasil e depois seguirá para votação em plenário.

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