Eutanásia: Jovem mostra sofrimento e pede para morrer «com dignidade»

Jovem documenta sofrimento para obter consentimento para a eutanásia. Holly Warland tem milhares de seguidores na rede social Instagram.

Holly Warland, natural da Austrália, está a documentar o sofrimento por que passa para obter consentimento para a eutanásia. Tem milhares de seguidores na rede social Instagram e é na internet que a ex-professora universitária de 27 anos mostra o seu dia-a-dia e todas as dificuldades que enfrenta.

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Foi diagnosticada com distrofia muscular com apenas 11 anos, mas conseguiu ter uma vida normal até 2016. Há dois anos, desistiu do doutoramento e da sua função de docente porque já não conseguia quase mover-se do queixo para baixo. «Acordava com dores em todos os músculos, enjoos fortes e tremores incontroláveis. Apesar de saber que este seria o meu fim, e de me ter preparado para enfrentar o problema, foi duro ter de desistir de trabalhar», pode ler-se num dos posts do Instagram.

Ao mostrar o sofrimento, Holly tem como intuito «conseguir legislar a eutanásia na Austrália»

Apesar da dura batalha que enfrenta, confessa que ainda não quer «partir», mas sim mostrar a doença ao mundo e conseguir mais apoios para a investigação. «Esse é o meu principal objetivo. E o outro é conseguir legislar a eutanásia na Austrália porque, um dia, vou querer morrer com dignidade», explicou à imprensa australiana. O marido, Luke, é o seu cuidador a tempo inteiro e ajuda-a a atualizar as redes sociais. É ele quem fotografa «os bons e os maus momentos» da mulher.

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«O que começou por ser uma forma de passar o tempo tornou-se num objetivo para ambos. Esta é a janela da minha mulher para o mundo. Mas é também um alerta para a necessidade de procurar cura para as doenças degenerativas. E para autorizar a eutanásia no mundo inteiro», escreveu Luke. Holly Warland passa a maior parte do tempo deitada, conseguindo levantar-se nos dias em que os sintomas amenizam um pouco. Como consequência da medicação que toma, tem dificuldade em concentrar-se. «Sinto que o meu cérebro já não corresponde à minha vontade. O que mais me custa é isso. É perceber que já não sou a jovem investigadora inteligente que fui um dia» concluiu.

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