Envenenou o filho 7 vezes e em tribunal chorou. «Tenho nojo de mim, sou um monstro»

Patrícia envenenou o filho. Reconheceu em tribunal que tentou matar a criança de 7 anos por querer chamar a atenção da família. Arrependida, considera-se «um monstro». «Tenho nojo de mim própria.»

Envenenou o filho 7 vezes e em tribunal chorou. «Tenho nojo de mim, sou um monstro»

Patrícia, a bombeira de 29 anos que envenenou o filho de 7 anos pelo menos sete vezes para matá-lo, chorou em tribunal. Afirmou não recordar-se do que tinha feito, mas que está certa de que o fez. «Tenho muito nojo de mim própria», declarou enquanto chorava sentada no banco dos réus. «Só no dia seguinte a ser presa é que percebi que era um monstro. É como me sinto, um monstro.»

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Envenenou o filho para chamar a atenção da família sobre ela

Bombeira e administrativa num ginásio nas Caldas da Rainha, Patrícia alegou não ter memória, entre outros episódios, de, em abril de 2019, ter tentado afogar o filho. «Sei que o menino contou o que lhe fiz e que não está a mentir. Não me recordo do que aconteceu, mas o meu coração de mãe diz-me que lhe fiz mal. O que sei agora foi depois de ter feito terapia. Foi nessa altura que me explicaram o que tinha acontecido. E porque fiz o que fiz.»

«Queria que continuassem a preocupar-se comigo»

Patrícia tem apenas uma explicação para justificar por que envenenou o filho, a falta de autoestima. «Nunca me deram valor. Emigrei para dar uma boa educação ao meu filho. Fiz sempre tudo por ele, e só servia para ajudar os outros. Só quando ele foi internado é que vi os que me eram mais próximos preocuparem-se comigo. Diziam que eu era uma mãe extremosa. E foi isso que me levou a envenená-lo. Queria que a forma como me tratavam não mudasse. Que continuassem a preocupar-se comigo.»

Acusada de tentativa de homicídio e de mais sete crimes

Patrícia, presa em flagrante delito pela Polícia Judiciária, garantiu estar disposta a tudo e que para manter a atenção que a família lhe dedicava iria continuar a envenenar o filho. «Queria que ele continuasse ali e que todos me falassem como se eu fosse a sua salvadora», confessou no depoimento prestado esta sexta-feira, 26 de junho, em tribunal. Patrícia está acusada de tentativa de homicídio e de mais sete crimes de ofensas corporais e um de violência doméstica.

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